Prisão de Bolsonaro por ação dos filhos ameaça tirar família da corrida presidencial de 2026

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador - (Foto: Instagram @flaviobolsonaro)

A recente prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acentuou a insatisfação da centro-direita com a postura dos filhos do ex-presidente. O desgaste causado por atitudes consideradas imprudentes e provocativas do núcleo familiar minou a confiança de aliados e colocou em xeque o protagonismo do clã na disputa pela Presidência em 2026.

A avaliação de líderes políticos é que os próprios filhos de Bolsonaro contribuíram diretamente para a atual crise. Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por exemplo, já era visto como uma figura de desgaste por sua atuação internacional, que motivou as primeiras restrições judiciais ao pai. Agora, o foco da crítica recai sobre Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que vinha sendo cogitado como possível nome para representar a direita nas próximas eleições, mas perdeu espaço após novo episódio.

Um dos elementos usados por Moraes para justificar a prisão do ex-presidente foi justamente a publicação de um discurso nas redes sociais do senador. O ministro chegou a mencionar o nome de Flávio 17 vezes na decisão, apontando uma ação coordenada entre os irmãos Eduardo, Flávio e Carlos Bolsonaro, que teria contribuído para o descumprimento das medidas cautelares impostas anteriormente.

Nos bastidores, políticos ouvidos pela imprensa destacam que o histórico da família no poder sempre foi marcado por decisões impulsivas e enfrentamentos públicos. Embora tenham inicialmente apostado em uma possível moderação após a saída de Bolsonaro da Presidência, muitos líderes da direita agora consideram que o clã segue agindo sem estratégia clara, o que aumenta o temor de instabilidade e prejudica a construção de uma alternativa sólida ao atual governo.

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