
A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada no último sábado (22), dominou o debate público nas redes sociais e liderou o ranking de menções por hora em 2025, segundo levantamento da Quaest Pesquisa e Consultoria. O monitoramento mostra que, entre 6h e 14h do dia da prisão, foram registradas cerca de 56 mil menções por hora ao episódio, totalizando 448 mil citações feitas por mais de 128 mil autores diferentes.
O estudo estima que as publicações alcançaram cerca de 116 milhões de contas nas principais plataformas sociais e sites de notícias. O levantamento foi concluído antes da divulgação do vídeo em que Bolsonaro confessa ter danificado sua tornozeleira eletrônica com um “ferro quente”, o que pode ter elevado ainda mais o engajamento após o horário analisado.
A Quaest identificou um ambiente polarizado nas redes: 42% das menções foram críticas à prisão, ou seja, favoráveis a Bolsonaro, enquanto 35% aprovaram a medida, posicionando-se contra o ex-presidente. Os demais 23% não tiveram viés claramente identificável.
A metodologia da pesquisa, chamada de “Social Listening”, mapeia palavras-chave relacionadas ao tema em redes como Twitter/X, Instagram, Facebook, Reddit, TikTok, Tumblr, Bluesky e YouTube, além de consultas no Google e Wikipédia. A coleta é feita por meio de uma API própria da empresa, com uso de operadores booleanos para filtrar os conteúdos.
Segundo a Quaest, nenhum outro evento político em 2025 gerou tantas menções por hora quanto a prisão de Bolsonaro. O estudo aponta os seguintes episódios como os mais comentados no ano, com base em períodos específicos:
-
Prisão preventiva de Bolsonaro: 56 mil menções/hora (448 mil em 8 horas, dia 22 de novembro)
-
Julgamento de Bolsonaro no STF: 44 mil menções/hora (726 mil em 16h30, dia 2 de setembro)
-
Megaoperação policial no RJ: 37 mil menções/hora (1,332 milhão em 36 horas, entre 28 e 29 de outubro)
-
Aplicação da Lei Magnitsky no Brasil: 31 mil menções/hora (2,79 milhões em 90 horas, entre 28 de julho e 1.º de agosto)
-
PEC da Blindagem: 24 mil menções/hora (1,56 milhão em 65 horas, entre 16 e 19 de setembro)
-
Disputa entre governo e Congresso: 17 mil menções/hora (5,712 milhões em 14 dias, entre 24 de junho e 8 de julho)
-
Caso Felca - Adultização: 5,5 mil menções/hora (924 mil em 7 dias, entre 6 e 13 de agosto)
Embora outros eventos tenham gerado maior volume total de interações, nenhum alcançou a intensidade de citações por hora verificada durante a prisão de Bolsonaro. Isso confirma o impacto imediato e a alta repercussão digital do caso.

