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Pressão cresce sobre Lula por nome de mulher no STF após saída de Barroso

Artistas e organizações da sociedade civil cobram nomeação feminina para vaga no Supremo, que teve apenas três mulheres em mais de um século

15 outubro 2025 - 10h05Geovanna Hora
Cármen Lúcia é a única ministra do STF - Cobrança por ministra no STF aumenta após saída de Barroso; Lula ainda não decidiu quem indicará
Cármen Lúcia é a única ministra do STF - Cobrança por ministra no STF aumenta após saída de Barroso; Lula ainda não decidiu quem indicará - (Foto: Antônio Cruz)

Nome que vai substituir o ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal virou motivo de cobrança ao presidente Lula. Grupos da sociedade civil e nomes da cultura, como a cantora Anitta, exigem a indicação de uma mulher, algo raro em 134 anos de história da Corte.

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A possível nova escolha de Lula para o STF reacendeu um debate antigo sobre a representatividade de gênero no Judiciário brasileiro. Desde 1891, apenas três mulheres chegaram à Suprema Corte. Todas brancas. Nenhuma negra. Atualmente, a ministra Cármen Lúcia é a única mulher entre os 11 ministros em atividade.

Anitta se junta a entidades civis em campanha por mais mulheres no Supremo Tribunal Federal

A mobilização ganhou força após Barroso antecipar sua aposentadoria. Imediatamente, entidades como Fórum Justiça, Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos e Plataforma Justa divulgaram uma carta defendendo que o presidente escolha uma mulher para a vaga. Segundo elas, "não é por falta de excelentes nomes de mulheres que Lula deixará de indicar uma ministra para a Suprema Corte".

O grupo ainda sugeriu 13 nomes femininos. Entre os destaques estão Maria Elizabeth Rocha, atual presidente do Superior Tribunal Militar, e Edilene Lobo, ministra substituta no Tribunal Superior Eleitoral.

Pressão nas redes - O apelo não ficou restrito às entidades. Anitta, com milhões de seguidores, usou seu Instagram para apoiar a causa. “Tenho certeza de que existem mulheres qualificadas para o cargo no nosso País, onde a maioria da população é mulher”, afirmou a cantora.

A presença feminina no STF é rara. A primeira nomeação ocorreu apenas em 2000, quando Fernando Henrique Cardoso indicou Ellen Gracie. Ela também foi a primeira mulher a presidir a Corte, entre 2006 e 2008. Em 2006, Lula escolheu Cármen Lúcia. Já em 2011, Dilma Rousseff indicou Rosa Weber, que se aposentou em 2023 e foi substituída por Flávio Dino, também nomeado por Lula.

Atualmente, Cármen Lúcia permanece como única ministra mulher. Ela deve se aposentar até 2029, ao atingir a idade-limite de 75 anos.

Apesar da movimentação popular, os nomes mais mencionados nos bastidores do Planalto seguem sendo masculinos. Entre os favoritos estão Jorge Messias, advogado-geral da União; o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG); Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União; e Vinícius Carvalho, da Controladoria-Geral da União.

A escolha deve ser anunciada em breve, e o presidente Lula ainda não sinalizou publicamente sua decisão. Até lá, a pressão segue nas redes, nas instituições e no debate público.

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