
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou nesta terça-feira (9) que pode convocar novamente o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, ou até realizar uma acareação, devido a “falas que não se confirmam” durante seu depoimento à comissão na segunda-feira (8).

Viana citou pelo menos três episódios que demonstraram incoerência nas declarações de Lupi. Um deles envolve sua relação com Tônia Galetti, ex-integrante do Conselho Nacional da Previdência, que denunciou o esquema de fraudes. Lupi teria afirmado na Câmara ser “amiga” dela, o que negou na CPMI. Além disso, ele teria declarado que nomeou membros hoje investigados, mas somente teve conhecimento das irregularidades após a operação da Polícia Federal e da notificação da Controladoria-Geral da União (CGU), em 2024
“As falas dele serão confrontadas com os dados do inquérito da Polícia Federal. Se as informações não baterem, ele poderá ser chamado novamente e até submetido a acareação com outras pessoas citadas”, explicou Viana O Tempo.
A sessão que ouviu Lupi durou quase dez horas e foi tumultuada, com bate-bocas entre oposicionistas e governistas Brasil 247.
Apesar da tensão, Lupi se declarou tranquilo e disposto a retornar à comissão, se convocado. Na oitiva, ele alegou ter tomado conhecimento das fraudes apenas após investigações e negou ter acobertado irregularidades: “Errar é humano... má-fé eu nunca tive”
