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Prefeita Adriane Lopes vai à Justiça contra aumento do próprio salário

Adrian anunciou que, caso o reajuste seja mantido, ela doará seu provento extra para instituições sociais

5 janeiro 2025 - 09h55Iury de Oliveira
Adriane Lopes tomando posse como prefeita
Adriane Lopes tomando posse como prefeita - (Foto: Izaias Medeiros/CMCG)

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), informou na noite de sábado (4) que irá recorrer judicialmente contra o aumento salarial que abrange seu próprio salário, os da vice-prefeita e do secretariado municipal. O reajuste, aprovado pela Câmara Municipal em fevereiro de 2023, deve entrar em vigor em 2025 e foi justificado como necessário para corrigir distorções salariais e evitar perdas a servidores que têm seus salários atrelados ao subsídio da prefeita. No entanto, Adriane já havia manifestado sua contrariedade ao aumento desde a aprovação.

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O aumento foi estabelecido pela Lei Municipal nº 7.005, aprovada pela Câmara de Campo Grande, que visa reajustar os subsídios do prefeito, vice-prefeito e secretários municipais. A medida foi apresentada como uma forma de atualizar os salários que há mais de dez anos estavam congelados para 408 servidores municipais, cujas remunerações dependem do teto estabelecido pelo salário da prefeita.

Adriane Lopes, entretanto, posicionou-se contra o aumento de seu próprio salário desde o início. Na época da aprovação, recorreu à Justiça para que o benefício fosse destinado exclusivamente aos servidores, excluindo os cargos de alto escalão. A prefeita destacou em nota oficial que a aprovação e promulgação da lei foram de responsabilidade exclusiva do Legislativo, sem participação do Executivo.

Caso não consiga reverter o reajuste judicialmente, Adriane anunciou que irá doar integralmente o valor adicional de seu subsídio para instituições sociais que atuam nas áreas de educação, saúde e assistência social. Segundo ela, essa decisão reforça seu compromisso ético e sua responsabilidade com a gestão pública. “Essa decisão reforça sua postura ética e seu compromisso com o bem coletivo”, destaca trecho da nota oficial divulgada pela prefeita.

A medida, alinhada ao discurso de responsabilidade fiscal e transparência defendido pela gestora, foi explicada como uma forma de priorizar as demandas mais urgentes da cidade. “Minha prioridade é atender às demandas mais urgentes da cidade e de seus cidadãos”, afirmou.

Embora o foco do debate tenha se voltado ao aumento do salário da prefeita e de seus secretários, o principal objetivo da medida, conforme argumentado pelos vereadores, é corrigir distorções salariais no funcionalismo público municipal. São 408 servidores que, há mais de uma década, aguardam a atualização de seus vencimentos. A correção é vista como essencial para evitar a desvalorização das carreiras no setor público e manter a atratividade das funções.

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