
A Polícia Federal pediu neste sábado (22) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alegando risco à ordem pública. O pedido foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a convocação de uma vigília em apoio ao ex-chefe do Executivo na porta de sua residência, no condomínio Solar de Brasília 2, onde ele estava em prisão domiciliar.
O ato foi articulado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, e divulgado nas redes sociais. Para a PF, a manifestação representava perigo tanto para os participantes quanto para os agentes envolvidos na segurança do local, além de potencializar tensões políticas já acirradas.
Diante da nova avaliação de risco, Jair Bolsonaro foi transferido na manhã deste sábado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde permanece detido em uma sala de Estado — ambiente especial reservado a ex-presidentes e outras autoridades. O local já recebeu figuras como Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer em ocasiões anteriores.
Vale lembrar que Bolsonaro foi condenado em setembro deste ano pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma organização criminosa envolvida em tentativa de golpe de Estado. A decisão desta semana, no entanto, não marca o início do cumprimento da pena, mas sim uma medida cautelar independente, com base em fatos novos.
A Polícia Federal argumentou que o ato organizado em frente ao condomínio do ex-presidente representava uma ameaça concreta à ordem pública. O objetivo do pedido de prisão preventiva seria, segundo a corporação, evitar conflitos, proteger a integridade dos envolvidos e garantir a segurança institucional.
A decisão agora está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, que avalia se acata ou não o pedido da PF. Ainda não há prazo definido para que o Supremo se manifeste sobre a solicitação.

