
A Polícia Civil do Distrito Federal abriu investigação para apurar se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime contra a honra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O caso começou após o Ministério da Justiça encaminhar, em 7 de julho, um pedido à Polícia Federal (PF) para instaurar inquérito, mas a corporação entendeu que a apuração caberia à esfera estadual. O Ministério Público também se manifestou nesse sentido, transferindo o processo para a PCDF.

A denúncia aponta que Bolsonaro teria compartilhado, via WhatsApp, uma imagem que vinculava Lula ao regime do ex-ditador sírio Bashar Al Assad, associando-o a execuções de pessoas LGBTQIA+. O material foi considerado falso e motivou a representação encaminhada à PF.
Por se tratar de crime contra a honra, a abertura da investigação exigiu autorização de um representante do ofendido — no caso, o próprio presidente Lula. A Polícia Federal também avalia se a conduta pode configurar outras infrações.
Como os fatos ocorreram depois do término do mandato de Bolsonaro, o caso deve tramitar na primeira instância.
Prisão domiciliar
O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito de uma ação que o investiga por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições. Moraes também proibiu Bolsonaro de utilizar telefones celulares e redes sociais.
