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NACIONAL

PGR pede mais tempo ao STF para esclarecer pontos de inquérito sobre venda de decisões no STJ

Procurador-geral vê provas robustas de esquema criminoso, mas aponta lacunas na investigação da Polícia Federal e solicita prorrogação do inquérito

5 novembro 2025 - 11h15Aguirre Talento
O procurador-geral da República, Paulo Gonet
O procurador-geral da República, Paulo Gonet - (Foto: Reprodução)

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação do prazo de investigação da Operação Sisamnes, que apura suspeitas de venda de decisões judiciais por assessores de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para Gonet, apesar de já existirem provas relevantes, o relatório parcial da Polícia Federal apresenta lacunas que precisam ser esclarecidas antes da conclusão do inquérito.

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A manifestação foi enviada ao ministro Cristiano Zanin, relator do caso, e destaca a complexidade do esquema investigado, envolvendo assessores, advogados e lobistas. A PGR pede que sejam mantidas as medidas cautelares contra os investigados, como afastamentos e restrições, por considerar os indícios de irregularidades consistentes.

O documento aponta que parte das suspeitas levantadas pela Polícia Federal ainda carece de comprovação. Um exemplo citado é a suposta criação de contatos falsos por um lobista, que teriam sido usados para encobrir diálogos com servidores do tribunal. Segundo a PGR, essa tese não foi acompanhada de provas concretas.

Dos investigados, dois assessores já foram desligados do STJ, enquanto um terceiro, servidor efetivo, permanece afastado. Em meio às apurações, a PGR também questiona a falta de informações claras sobre quais processos estariam envolvidos no alegado esquema de fraudes em falências e recuperações judiciais.

A empresa Fource, mencionada no relatório como beneficiária do esquema, nega as acusações e contesta a solidez das provas. A PGR, por sua vez, reforça a necessidade de que a PF detalhe com precisão quais pontos ainda exigem novas diligências ou provas pendentes para que o caso avance de forma consistente.

A decisão sobre o novo prazo para a investigação caberá ao ministro Zanin.

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