
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou na madrugada deste sábado (22) sobre o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em despacho enviado às 1h25, o procurador-geral Paulo Gonet afirmou “não se opor” à solicitação feita pela Polícia Federal, destacando a urgência e gravidade dos novos fatos apresentados.
A manifestação foi anexada à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a custódia preventiva. A medida ocorreu após o STF ser informado de uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro, aliada à convocação de uma vigília organizada por apoiadores nas proximidades da residência do ex-presidente, que poderia facilitar uma tentativa de fuga.
Preso pela PF nas primeiras horas da manhã, Bolsonaro foi levado à Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Lá, está detido em uma sala reservada e com atendimento médico garantido em tempo integral por ordem do STF. Segundo sua defesa, ele tem histórico de problemas de saúde, incluindo episódios frequentes de soluço gastroesofágico e dificuldades respiratórias, além de fazer uso contínuo de medicamentos com ação no sistema nervoso central.
Desde 4 de agosto, Bolsonaro cumpria prisão domiciliar após descumprir medidas cautelares impostas pelo STF no processo que apura a tentativa de golpe de Estado. Entre as restrições, ele estava proibido de acessar embaixadas, manter contato com autoridades estrangeiras e usar redes sociais, mesmo por terceiros.
O ex-presidente foi condenado recentemente a 27 anos e três meses de prisão por sua participação no chamado “Núcleo 1” da trama golpista. Com o avanço da tramitação judicial, sua pena pode ser executada em breve.

