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NACIONAL

PGR arquiva notícia-crime contra Pimenta e Lewandowski por inquérito sobre fake news

Procuradoria-Geral da República rejeitou notícia-crime do ex-procurador, que pediu investigação dos ministros por abuso de autoridade

16 maio 2024 - 17h45
Paulo Pimenta, da Secom, requisitou ao ministro Ricardo Lewandowski providências sobre as fake news envolvendo as enchentes do Rio Grande do Sul
Paulo Pimenta, da Secom, requisitou ao ministro Ricardo Lewandowski providências sobre as fake news envolvendo as enchentes do Rio Grande do Sul - Foto: Wilton Júnior/Estadão

A Procuradoria-Geral da República (PGR) rejeitou a notícia-crime do Partido Novo contra os ministros Paulo Pimenta (Comunicação) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) por abuso de autoridade.

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Os ministros requisitaram investigações sobre adversários do governo que espalharam informações falsas a respeito das enchentes no Rio Grande do Sul.

Para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, não há elementos "suficientes" para investigá-los.

"Demonstrado que o pedido de investigação à Polícia Federal partiu de elementos indiciários da prática de possíveis crimes, considera-se atípica a conduta dos representados", justificou Gonet.

Em notícia-crime enviada à PGR, o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, e o "embaixador" do partido, o deputado cassado e ex-procurador Deltan Dallagnol, afirmam que a investigação é uma tentativa de "calar, arbitrariamente e de forma abusiva", as críticas ao governo.

O procurador-geral considera que, ao contrário do que alega o Partido Novo, a investigação partiu de indícios concretos de crimes. Paulo Gonet defendeu que, ao propor a investigação, a Secretaria de Comunicação apresentou notícias de "conteúdo duvidoso", capazes de causar "pânico" na população e de desmobilizar doações e resgates.

O PGR também sinalizou que publicações contra a "honra" de autoridades públicas poderão ter repercussão na esfera criminal, ou seja, usuários podem ser condenados criminalmente se tiverem espalhado informações falsas envolvendo ministros e instituições.

Outro ponto chamou a atenção do procurador: o volume de publicações semelhantes sobre as enchentes, divulgadas simultaneamente. Para Gonet, esse pode ser um indicativo de que houve uma campanha deliberada de fake news, o que segundo ele precisa ser investigado.

"Importante ressaltar que a possibilidade de responsabilizar agentes por conteúdos ilícitos divulgados é decorrência da própria liberdade de expressão, pautada na vedação do anonimato", escreveu. "A responsabilização, dentro dos parâmetros legais, pelo eventual uso abusivo do direito à liberdade de expressão minimiza a crise informacional hoje vivenciada e favorece a construção de pautas que efetivamente solucionem as crises humanitárias, promovendo agregação social."

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