
A Polícia Federal anunciou nesta segunda-feira (15) que descapitalizou o crime no Brasil em R$ 9,6 bilhões entre janeiro e novembro de 2025, resultado acima dos R$ 6,1 bilhões registrados no ano passado. Essa cifra representa a soma de bens e valores retirados das mãos de criminosos, incluindo dinheiro em conta e em espécie, imóveis, embarcações, aeronaves, ouro e criptomoedas.
O diretor da PF, Andrei Rodrigues, destacou que o crescimento das apreensões reflete uma atuação mais eficaz da corporação no combate à criminalidade. Segundo ele, além dos números financeiros, houve avanços em outras áreas da atuação policial.
Mais investigações e prisões - Até novembro, a PF instaurou 40.922 inquéritos, um pouco menos do que os registrados em 2024, mas com maior eficiência: a média de conclusão das investigações caiu para 444 dias, contra 465 do ano anterior. O número de pessoas indiciadas também aumentou — foram 39.414, quase 4 mil a mais que no ano passado.
No que diz respeito às operações, a corporação homologou 3.310 ações em 2025, mais operações do que no ano anterior. Os agentes também cumpriram 2.413 mandados de prisão, superando os 2.184 de 2024.
Os resultados da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) também foram divulgados. Neste ano, foram realizadas 215 operações, com 978 prisões e 1.551 buscas e apreensões. A atuação da Ficco contribuiu com R$ 163,31 milhões na descapitalização do crime.
Em outra frente de trabalho, os grupos de captura da PF prenderam 3.001 pessoas foragidas, número próximo ao registrado no ano passado.
Em 2025, o setor ambiental da Polícia Federal acompanhou ainda a redução do desmatamento na Amazônia, com flagrantes de 5,8 mil quilômetros quadrados, o menor índice da última década. No ano anterior, o desmatamento chegou a 6,5 mil quilômetros quadrados.

