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DIVIDIU OPINIÃO

Deputados divergem na ALEMS após pesquisa Quaest apontar favoritismo de Lula em 2026

Enquanto Pedro Kemp (PT) comemorou os números que indicam possível reeleição do presidente, parlamentares do PL e PSDB criticaram vazamentos de investigações e atuação do Judiciário

21 agosto 2025 - 11h20Fernanda Kintschner
Neno Razuk (no microfone) questionou Moraes e a Justiça. Pedro Kemp (na tribuna) rebateu que o ex-juiz Sérgio Moro fez e desfez e ninguém falou nada
Neno Razuk (no microfone) questionou Moraes e a Justiça. Pedro Kemp (na tribuna) rebateu que o ex-juiz Sérgio Moro "fez e desfez e ninguém falou nada" - (Foto: Divulgação)

A pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (21), sobre as eleições presidenciais de 2026, foi tema de debate na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Parlamentares se dividiram entre elogios à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e críticas ao Judiciário e ao vazamento de informações de inquéritos.

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O deputado Pedro Kemp (PT) comemorou os números que apontam chances de reeleição de Lula. Ele destacou avanços em áreas sociais e econômicas, como a queda no desemprego, redução no preço dos alimentos e a saída do Brasil do mapa da fome. “Hoje temos um governo que colocou o país no rumo certo. Programas sociais voltaram a proteger famílias vulneráveis”, afirmou.

Caravina e Coronel David concordaram que informações de inquéritos não devem ser divulgadas na imprensa até o término das investigações - Foto: Luciana Nassar / ALEMS

Kemp também comparou Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), criticando sua condução da pandemia. “Foram 700 mil mortos e ainda tentam relativizar. Agora surgem áudios que mostram a intenção de golpe de Estado. A tentativa de anistia e o tarifaço são irresponsabilidades contra o povo brasileiro”, disse.

Do outro lado, parlamentares da oposição questionaram a forma como investigações envolvendo Bolsonaro têm chegado ao público. O deputado Coronel David (PL) disse que o inquérito deveria ser sigiloso e acusou o ministro do STF Alexandre de Moraes de vazar informações. “O que apareceu foram apenas desavenças familiares. Não tinha nada sobre golpe. Quanto ao asilo, a ONU garante esse direito a quem se sente perseguido. Já a pesquisa, tenho dúvidas se não foi feita na porta dos presídios”, ironizou.

Na mesma linha, Caravina (PSDB) criticou o acúmulo de funções do STF em investigações. “Quando o ministro é vítima, conduz e julga o processo, há desequilíbrio. Precisamos repensar a forma de escolha ou o tempo de mandato dos ministros”, disse.

O deputado Neno Razuk (PL) acrescentou que os impactos do Judiciário não afetam apenas políticos. “O cidadão comum sofre diariamente. Muitos são presos e depois absolvidos, com a vida destruída. É necessário limitar abusos e reformar o sistema”, afirmou.

Kemp rebateu lembrando que, em gestões anteriores, áudios de conversas privadas de Lula e Dilma Rousseff foram divulgados sem restrições e defendeu que, se Bolsonaro for inocente, deve enfrentar a Justiça. “Não precisa fugir para a Argentina”, concluiu.

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