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POLÍTICA E JUSTIÇA

Pesquisa mostra que maioria considera injusta sanção dos EUA a Moraes, mas apoia seu impeachment

Para 49% dos brasileiros, punição com a Lei Magnitsky foi injusta; ainda assim, 46% defendem afastamento do ministro do STF, segundo levantamento da Genial/Quaest

25 agosto 2025 - 13h05Gabriel Hirabahasi
Alexandre de Moraes, ministro do STF, foi alvo de sanção dos EUA com base na Lei Magnitsky, medida considerada injusta por 49% dos brasileiros, segundo pesquisa.
Alexandre de Moraes, ministro do STF, foi alvo de sanção dos EUA com base na Lei Magnitsky, medida considerada injusta por 49% dos brasileiros, segundo pesquisa. - (Foto: Wilton Junior/Estadão)
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Uma pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (25) mostra que 49% dos brasileiros consideram injusta a aplicação da Lei Magnitsky — mecanismo jurídico norte-americano usado para punir violações de direitos humanos — contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Outros 39% avaliam a sanção como justa.

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Apesar da maioria enxergar injustiça na medida adotada pelos Estados Unidos, 46% dos entrevistados afirmam ser a favor do impeachment de Moraes, enquanto 43% são contrários. O levantamento entrevistou 2.004 eleitores entre os dias 13 e 17 de agosto, com margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

A pesquisa evidencia como as respostas variam conforme o perfil político e religioso dos entrevistados:

  • Entre os evangélicos, 55% apoiam o impeachment, enquanto 32% se opõem.

  • Entre eleitores de Jair Bolsonaro, 82% defendem o afastamento de Moraes e 75% aprovam a punição dos EUA.

  • Entre os que votaram em Lula, 68% são contra o impeachment e 72% consideram a sanção norte-americana injusta.

A Lei Magnitsky foi criada nos Estados Unidos em 2012 como ferramenta para punir agentes estatais estrangeiros envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos, com sanções como congelamento de bens, restrições de visto e proibição de entrada nos EUA.

A sanção contra Moraes foi anunciada em julho pelo governo de Donald Trump, sob alegação de que o ministro estaria conduzindo uma "caça às bruxas ilegal" contra cidadãos e empresas dos Estados Unidos e do Brasil. A medida gerou forte reação política no Brasil, tanto no Supremo quanto no Executivo.

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