
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia 2026 com desaprovação maior que a aprovação, segundo pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta quinta-feira (18). O levantamento mostra que 50,7% dos entrevistados desaprovam o presidente, enquanto 48,8% o aprovam. A margem de erro é de um ponto percentual.
O estudo aponta um cenário estável em relação às pesquisas anteriores, mas com percepção pública ainda majoritariamente negativa. A avaliação do governo segue dividida: 48,9% consideram a gestão ruim ou péssima, e 46,5% avaliam como boa ou ótima.
De acordo com a pesquisa, corrupção e criminalidade continuam sendo os temas que mais preocupam os brasileiros, citados por 64,7% e 61% dos entrevistados, respectivamente. Em seguida aparecem economia e inflação, com 20%, e polarização política, com 18%.
Quando o assunto é a economia, a percepção segue dividida: 40% acreditam que a situação é boa, enquanto 47% a veem como ruim. Apesar disso, quase metade (46%) demonstra otimismo e espera melhora nos próximos meses.
Entre as ações mais bem avaliadas do governo, 79% dos entrevistados consideram positiva a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
A pesquisa também ouviu opiniões sobre a relação entre Brasil e Estados Unidos. Para 58%, Lula teve papel importante na retirada das sanções impostas pelos EUA, enquanto 24% afirmam que ele não influenciou nesse processo. No total, 50,7% aprovam a forma como o governo negociou com os EUA, e 44,9% desaprovam.
Sobre a retirada das sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, 50,7% apoiam a decisão e 44,9% são contra. Já em relação ao PL da Dosimetria, aprovado pelo Congresso, 63% se posicionaram contra e 34% a favor.
O levantamento também avaliou a imagem das principais figuras políticas do país. Os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), foram os mais mal avaliados, com mais de 80% de menções negativas.
Entre as demais lideranças, Lula tem 53% de imagem negativa e 46% positiva, Tarcísio de Freitas aparece com 48% negativa e 47% positiva, e Flávio Bolsonaro registra 57% de menções negativas e 37% positivas.
A pesquisa foi feita entre 10 e 15 de dezembro, com 18.154 entrevistados em todo o Brasil. O levantamento tem margem de erro de 1 ponto percentual e nível de confiança de 95%. As entrevistas foram realizadas online, por meio da metodologia Atlas Random Digital Recruitment (RDR), que utiliza convites durante a navegação na web.

