
Uma pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 16, revela que a maior parte dos brasileiros considera o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como principal responsável pelo tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. De acordo com o levantamento, 35% dos entrevistados apontam Lula como o culpado, enquanto 22% atribuem a responsabilidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A pesquisa, que ouviu 2.002 pessoas entre os dias 11 e 12 de agosto, também mostrou que 17% dos respondentes veem o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, como o maior responsável pelas tarifas. Além disso, 15% apontam o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como culpado. Apenas 3% não atribuem culpa a ninguém, enquanto 1% diz que os quatro envolvidos (Lula, Bolsonaro, Eduardo e Moraes) são responsáveis pelas sanções. Outros 7% não souberam ou não quiseram opinar.
Divisão política
Quando o recorte é feito por preferência política, as respostas variam consideravelmente. Entre os eleitores de Lula, 38% atribuem a culpa a Jair Bolsonaro e 35% a Eduardo Bolsonaro, enquanto apenas 11% desses eleitores apontam o próprio Lula como responsável. Já entre os eleitores de Bolsonaro, a maioria, 58%, culpa Lula pelas tarifas, seguido por 25% que veem Alexandre de Moraes como responsável. Apenas 5% desses eleitores responsabilizam Eduardo Bolsonaro, e 4% acham que Bolsonaro é o principal culpado.
Possibilidade de Novas Sanções dos EUA
A pesquisa também questionou os brasileiros sobre a possibilidade de novas sanções econômicas dos Estados Unidos ao Brasil devido à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, decretada em agosto. Para 40% dos entrevistados, o ex-presidente Donald Trump tomará novas medidas prejudiciais à economia brasileira. Outros 28% acreditam que haverá uma negociação para reduzir essas sanções, enquanto 20% acreditam que as medidas já tomadas permanecerão inalteradas. Apenas 12% não souberam ou não quiseram opinar sobre o futuro das relações econômicas entre os dois países.
A pesquisa reflete o clima político e econômico atual, com divergências sobre a responsabilidade pelas sanções e expectativas em relação ao futuro das relações Brasil-EUA.
