
Durante a audiência da Comissão de Segurança Pública, presidida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Tagliaferro fez declarações sobre suas interações com o procurador-geral da República. Sem qualquer aviso prévio, ele compartilhou o número de telefone de Gonet ao vivo, enquanto comentava sobre conversas que tivera com ele. A exposição do contato gerou risadas entre os presentes, mas foi prontamente denunciada pela Procuradoria, que recomendou a troca do número por questões de segurança.

O incidente ocorre em um momento de alta tensão política, já que o mesmo dia marcou o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. A oposição, por meio de seus representantes, tentou usar a audiência pública para contrapor o julgamento no STF.
Tagliaferro, que tem se manifestado nas redes sociais com apoio de bolsonaristas, indicou ainda que pode revelar detalhes internos sobre o funcionamento do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Durante a comissão, ele afirmou que os trabalhos da Assessoria de Enfrentamento à Desinformação do TSE, criada após os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, contaram com decisões do STF para embasar suas ações.
Além disso, Tagliaferro fez acusações graves contra o juiz Alexandre de Moraes, afirmando que foi pressionado por juízes auxiliares de Moraes para "construir uma história" contra o ex-presidente Bolsonaro, com o intuito de criar provas falsas contra ele.
Em reação a essas alegações, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) questionou as ações do STF e pediu a prisão de Moraes. "Estamos presenciando uma violação de direitos humanos. Provas falsas foram forjadas e pessoas estão sendo perseguidas injustamente", afirmou Damares.
