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NACIONAL

Oposição mantém obstrução até governo aceitar "pacote da paz" com impeachment e anistia

Sóstenes Cavalcante anuncia que a obstrução continuará até o governo discutir propostas, como a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro e o impeachment de Alexandre de Moraes

5 agosto 2025 - 15h25Naomi Matsui e Pepita Ortega
O deputado federal Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, trabalha nos bastidores para a CPI, considerada prioridade da oposição.
O deputado federal Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, trabalha nos bastidores para a CPI, considerada prioridade da oposição. - Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O clima tenso na Câmara dos Deputados ganhou novo capítulo nesta terça-feira (5), quando o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), declarou que a oposição não permitirá a reabertura dos trabalhos no segundo semestre enquanto não houver um "diálogo sério" com o governo sobre soluções para o Brasil.

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Em entrevista coletiva, Cavalcante afirmou que a obstrução será mantida até que o governo aceite discutir o "pacote da paz", que inclui medidas como o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Cavalcante afirmou que a oposição adotou uma postura firme e não recuará: “Vamos entrar em obstrução total na Câmara e no Senado e não vamos recuar enquanto não houver caminhos para a pacificação”, declarou o líder do PL. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), também defensor do "pacote da paz", reforçou as exigências que incluem a "anistia ampla, geral e irrestrita" aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para acabar com o foro privilegiado de figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O "pacote da paz", que visa à pacificação política do Brasil, tem gerado controvérsia, principalmente pela inclusão da anistia e do impeachment de Moraes, duas medidas que dividem profundamente o Congresso. A oposição, ainda mais combativa, diz que o governo precisa reconhecer essas demandas, que incluem não só a mudança no sistema de foro, mas também a responsabilização do ministro do STF.

Cavalcante não hesitou em classificar a situação como uma guerra política. Ele destacou que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, se reuniu com dirigentes de outros partidos para alinhar estratégias, e disse que, a partir de agora, a oposição está preparada para adotar "uma série de ações". "Se é guerra que o governo quer, guerra terá", declarou. Segundo ele, a paz no Brasil só será possível quando houver um discurso de conciliação envolvendo medidas como a anistia, o fim do foro privilegiado e o impeachment de Moraes.

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