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VIOLÊNCIA E DEMOCRACIA

OAB repudia agressão contra Melina Fachin em universidade do Paraná

Professora da UFPR e filha do ministro Edson Fachin foi alvo de cusparada e insultos dentro do campus em Curitiba

15 setembro 2025 - 15h35Bruna Rocha
Professora Melina Fachin, filha do ministro Edson Fachin, foi agredida dentro do campus da UFPR
Professora Melina Fachin, filha do ministro Edson Fachin, foi agredida dentro do campus da UFPR - Rosinei Coutinho/STF e Divulgação
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A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se manifestou nesta segunda-feira (15) em repúdio ao ataque sofrido pela professora e jurista Melina Girardi Fachin, filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. O episódio ocorreu na última sexta-feira (12), dentro do campus da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba.

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Melina, que é diretora do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR e integrante da Comissão Nacional da Mulher Advogada da OAB, foi alvo de agressões verbais e de uma cusparada de um homem ainda não identificado.

OAB: ataque à democracia

Em nota, a entidade afirmou que o ato representa uma afronta aos valores democráticos:

“A democracia exige o respeito às liberdades, ao pluralismo e à convivência pacífica, sobretudo no espaço acadêmico, que deve ser preservado como ambiente de diálogo e de construção do conhecimento, jamais como palco para violência, intolerância ou tentativas de silenciamento.”

A OAB reforçou ainda seu compromisso com os direitos fundamentais e a dignidade humana:

“Reforçamos nosso empenho na construção de uma sociedade livre de intolerância e violência.”

UFPR e CCONS também se manifestam

O Centro de Estudos da Constituição (CCONS), ligado à universidade, também repudiou o ataque, destacando que o episódio é reflexo de um cenário mais amplo de hostilidade crescente contra instituições democráticas:

“Este episódio não é um caso isolado. É um sintoma grave da intolerância e do autoritarismo que ameaçam transformar o espaço universitário e democrático em palco de violência e silenciamento.”

A UFPR informou que a situação será analisada pelo Conselho de Planejamento e Administração (Coplad) em reunião marcada para esta terça-feira (16).

Repercussão

Até o momento, Melina não se pronunciou publicamente sobre o caso. Nas redes sociais, o marido dela, o advogado Marcos Gonçalves, classificou a situação como uma “agressão covarde”, relatando apenas que o autor seria um homem branco.

O episódio ocorre em um momento de forte polarização política, poucos dias após o STF condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. O ministro Edson Fachin assumirá a presidência da Corte ainda este mês.

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