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18 de dezembro de 2025 - 21h14
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POLÍTICA

Nikolas Ferreira e Kim Paim trocam farpas após Marçal apoiar Flávio Bolsonaro

Embate entre deputado e influenciador expõe divisões na direita, apesar da convergência em torno do nome do senador para 2026

18 dezembro 2025 - 17h50João Pedro Bitencourt
Apoio de Pablo Marçal a Flávio Bolsonaro reacende briga entre influenciadores e parlamentares da direita.
Apoio de Pablo Marçal a Flávio Bolsonaro reacende briga entre influenciadores e parlamentares da direita. - (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O racha no campo da direita ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (18) com a troca de ironias entre o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o influenciador Kim Paim. O estopim foi um vídeo em que o empresário Pablo Marçal declara apoio à pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República.

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Nikolas aproveitou o momento para alfinetar Paim, crítico ferrenho de Marçal e defensor de um "bolsonarismo raiz". "Flávio já é traidor na Austrália?", questionou o parlamentar no X (antigo Twitter), referindo-se ao país onde mora o influenciador. A resposta veio rápida: Paim afirmou que o deputado teria "sentido o golpe". O histórico de atritos entre os dois é longo, com o influenciador chegando a apelidar o deputado de "Beyoncé de Ouro Preto".

Convergência no nome, divergência no estilo - Curiosamente, Nikolas e Paim estão do mesmo lado no que diz respeito ao candidato para 2026: ambos apoiam Flávio Bolsonaro. No entanto, o histórico das eleições municipais de 2024, quando Nikolas se aproximou de Marçal e Paim o combateu, deixou cicatrizes que ainda geram faíscas públicas.

O fator Flávio Bolsonaro: Desafios e Pesquisas - Embora conte com o apoio de nomes influentes e de parte do eleitorado fiel ao seu pai, a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro enfrenta resistências internas e obstáculos numéricos:

Oposição de peso: O pastor Silas Malafaia é uma das vozes contrárias. Ele defende uma chapa com Tarcísio de Freitas (Governador de SP) e Michelle Bolsonaro, alegando maior competitividade.

Rejeição alta: Flávio carrega um índice de rejeição de 60%, o mesmo de Jair Bolsonaro, o que dificulta o crescimento em um eventual segundo turno. Tarcísio, por exemplo, tem uma rejeição menor, de 47%.

Cenário eleitoral: Pesquisas indicam que, no primeiro turno, Flávio lidera entre os nomes da direita. Contudo, em uma disputa direta contra o presidente Lula, o senador aparece cerca de 10 pontos percentuais atrás, desempenho similar ao de outros governadores do campo direitista.

A movimentação de Pablo Marçal em direção a Flávio tenta consolidar a união do grupo, mas as rusgas entre influenciadores e políticos mostram que a pacificação total do setor ainda está longe de acontecer.

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