
A tensão que tomou conta da Câmara dos Deputados ontem (6) durante protestos de parlamentares bolsonaristas pela votação do projeto de anistia ganhou novos contornos nas redes sociais após o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) acusar a deputada Camila Jara (PT-MS) de agressão física.

Em meio ao tumulto na mesa da presidência, o parlamentar caiu no chão e, horas depois, afirmou publicamente ter sido vítima de um golpe desferido pela deputada. “A esquerda age assim: te agride quando ninguém está vendo”, escreveu Nikolas. No mesmo post, ele chamou Camila de “jararaca” e insinuou que, por ser uma mulher de menos de 50 kg, estaria se aproveitando do porte físico para “posar de vítima”.
INACEITÁVEL! Deputada de extrema-esquerda em ataque de fúria desfere um soco contra Nikolas Ferreira na frente de todos na câmara dos deputados.
— Oliver Noronha (@OliverNoronha) August 7, 2025
Além do perigoso descontrole emocional, Camila mostra que não tem nenhum respeito pelas instituições.
Cassação do mandato AGORA! pic.twitter.com/lNXoixhiuK
“Na lógica da esquerda, caráter é medido em quilos e altura. Abaixo de 50kg, pode mentir, agredir e posar de vítima. Mesmo o Brasil inteiro vendo o vídeo que comprova, a petista nega. O PT cada dia expondo mais quem são. Obrigado, Jararaca”, publicou o deputado.
Nikolas criticou a deputada pelas redes sociais - (Foto: Reprodução)
As imagens que circulam nas redes mostram um empurra-empurra e diversas pessoas aglomeradas ao redor da cadeira da presidência, logo após a chegada do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tentou retomar a sessão. É nesse momento que Nikolas Ferreira acaba indo ao chão.
Os deputados protagonizaram a cena que está viralizando nas redes - (Foto: Reprodução)
Camila Jara, que estava próxima ao local, aparece nas imagens passando por trás do deputado, quando o contato ocorre.
Versão de Camila Jara - A deputada federal negou ter agredido o colega. Em nota oficial, sua assessoria afirma que ela foi apenas mais uma envolvida no tumulto gerado por deputados que, segundo ela, tomaram a mesa da presidência à força, contrariando o regimento da Casa.
Camila reforça que o contato com Nikolas foi resultado da confusão generalizada no momento em que os parlamentares tentavam restabelecer a ordem. “Reagi como qualquer mulher reagiria ao ser pressionada por um homem no meio de uma multidão. Não houve soco nem agressão deliberada”, diz a parlamentar.
A deputada ainda lembrou que enfrenta um tratamento contra o câncer, pesa 49 kg e tem 1,60 metro de altura, destacando o exagero nas acusações feitas pelo deputado. Ela afirma ter sido alvo de uma campanha de perseguição online após o episódio, com centenas de ataques ofensivos e até ameaças de morte.
Camila Jara lamentou o ocorrido e reforçou que não se deixará intimidar por ataques: “Não serei silenciada pelo ódio. Meu mandato é pautado no diálogo e na defesa da democracia”.
Devido à escalada da violência nas redes, a Polícia Legislativa precisou ser acionada para garantir a segurança de Camila. A parlamentar também solicitou escolta policial para suas atividades no Mato Grosso do Sul.
