Discurso do deputado estadual Neno Razuk (PL), realizado nesta quarta-feira (25) na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, abordou o conflito entre Israel e Irã e defendeu maior aproximação entre o estado e o país do Oriente Médio. O parlamentar destacou a relevância de Israel nas áreas de saúde, inovação tecnológica e agricultura, propondo parcerias estratégicas que beneficiem o desenvolvimento regional.
“Israel é uma nação que respeita a liberdade de expressão religiosa, onde judeus, muçulmanos e cristãos convivem com segurança. Isso contrasta com regimes autoritários, como o do Irã, onde minorias e mulheres enfrentam perseguições brutais”, afirmou Neno, que é descendente de árabes cristãos e relembrou o histórico de sua família, forçada a deixar o Oriente Médio por causa da intolerância religiosa.
Durante o pronunciamento, Razuk citou a missão oficial de servidores estaduais que viajaram a Israel neste mês, representando o Consórcio Brasil Central. A comitiva foi formada por Ricardo Senna (secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação), Christinne Maymone (secretária-adjunta de Saúde) e Marcos Espíndola (coordenador de TI da Secretaria de Saúde).
Os representantes participaram de reuniões com autoridades israelenses e visitas técnicas em áreas como segurança pública, agricultura e saúde. De acordo com os servidores, a missão teve caráter estratégico e poderá gerar parcerias importantes para Mato Grosso do Sul.
“Israel é referência mundial em biotecnologia, segurança cibernética, energia solar e, principalmente, na técnica de irrigação por gotejamento, essencial para o nosso agronegócio”, afirmou o deputado. Segundo ele, os aprendizados obtidos durante a missão oficial podem ser replicados no estado, ampliando a produtividade e fortalecendo serviços públicos.
Críticas ao Irã e defesa da liberdade - Razuk também usou o espaço para criticar o regime teocrático do Irã. Como exemplo, mencionou o caso da jovem Mahsa Amini, morta por agentes do governo iraniano por, segundo relatos, não usar corretamente o véu islâmico. “Enquanto em Israel as mulheres têm liberdade, participam do Exército e ocupam cargos públicos, no Irã elas não podem nem mostrar os cabelos. Homossexuais enfrentam pena de morte. É um sistema de opressão”, pontuou.
Ao encerrar o discurso, o parlamentar ressaltou a importância de distinguir democracias que garantem direitos fundamentais de regimes que, segundo ele, “sufocam a liberdade individual”. “Minha família sentiu na pele o que é viver sob perseguição. Não podemos fechar os olhos para isso. Precisamos estar do lado da democracia e da liberdade”, finalizou.
