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DIREITOS HUMANOS

MS institui 16 de fevereiro como Dia de Memória pelas Vítimas de Feminicídio

Nova lei homenageia a jornalista Vanessa Ricarte e propõe reflexão, conscientização e ações permanentes contra a violência de gênero no estado

18 novembro 2025 - 13h45Fernanda Kintschner
Mato Grosso do Sul institui 16 de fevereiro como Dia de Memória pelas Vítimas de Feminicídio
Mato Grosso do Sul institui 16 de fevereiro como Dia de Memória pelas Vítimas de Feminicídio - Foto: Reprodução
Terça da Carne

Mato Grosso do Sul passa a contar, a partir desta terça-feira, 18, com o Dia Estadual de Reflexão e Memória pelas Vítimas de Feminicídio, instituído oficialmente pela Lei Estadual 6.505 de 2025. A data será celebrada anualmente em 16 de fevereiro, em homenagem à jovem jornalista sul-mato-grossense Vanessa Ricarte, assassinada em 2025 pelo ex-namorado, o músico Caio Nascimento.

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A iniciativa é da deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) e tem como objetivo promover um momento coletivo de conscientização, luto e combate à violência de gênero no estado. A nova lei foi publicada no Diário Oficial do Estado e já integra o calendário oficial de eventos de Mato Grosso do Sul.

“Essa lei representa o grito de milhares de mulheres silenciadas pela violência de gênero”, declarou a autora da proposta.

Um nome, muitas histórias - A escolha do dia 16 de fevereiro faz referência direta à data de nascimento de Vanessa Ricarte, cuja morte brutal escancarou falhas nos mecanismos de proteção à mulher e impulsionou melhorias nos protocolos de segurança pública do estado.

A jornalista se tornou símbolo de uma luta mais ampla: a das milhares de mulheres vítimas de feminicídio em Mato Grosso do Sul. Somente em 2025, até o fechamento desta matéria, 35 mulheres foram assassinadas em crimes de ódio motivados por gênero, segundo dados do Monitor da Violência.

Quatro pilares da lei

A lei estadual estabelece quatro diretrizes principais:
1. Manter viva a memória das vítimas de feminicídio;
2. Conscientizar a população sobre a violência de gênero e suas consequências;
3. Fomentar políticas públicas de proteção à mulher;
4. Incentivar o debate em escolas, instituições públicas e privadas, movimentos sociais e meios de comunicação.

As atividades alusivas à data poderão ser organizadas em parceria com instituições de ensino, órgãos públicos, ONGs e entidades da sociedade civil engajadas na defesa dos direitos das mulheres.

Apesar dos avanços legais, o feminicídio segue como uma das formas mais cruéis e persistentes de violência no país. Em Mato Grosso do Sul, os dados colocam o estado frequentemente entre os com maiores índices proporcionais desse tipo de crime.

A criação de um dia oficial de memória visa reforçar o compromisso do poder público e da sociedade com ações permanentes de enfrentamento, para além do luto e da comoção.

Como denunciar violência contra a mulher

Casos de violência doméstica ou suspeitas de feminicídio devem ser denunciados:

Polícia Militar: 190

Delegacias da Mulher: veja endereços e contatos no site da Polícia Civil

Casa da Mulher Brasileira (Campo Grande): Rua Brasília, Lote A, Quadra 2 s/n - Jardim Ima | (67) 2020-1300 (24h)

Central de denúncias anônimas: Ligue 180 ou acesse os sites www.naosecale.ms.gov.br e pc.ms.gov.br

Peça socorro silenciosamente: desenhe um X vermelho na palma da mão e mostre em farmácias, comércios ou restaurantes — iniciativa da campanha Não é Não.

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