
Campo Grande recebe nesta sexta-feira (05), pelo segundo dia consecutivo, o 3º Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira (CMB). O evento reúne gestoras de todo o país, representantes do Governo Federal, do sistema de justiça, da segurança pública, equipes técnicas e autoridades estaduais e municipais, com o objetivo de fortalecer políticas de prevenção, proteção e responsabilização no combate à violência contra mulheres.
A secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, abre o encontro destacando a importância de Mato Grosso do Sul, que abriga a primeira Casa da Mulher Brasileira do país, como sede do evento. “Todas as gestoras que atravessaram de sul a norte para estarem no Mato Grosso do Sul: sejam muito bem-vindas. A Casa da Mulher Brasileira nasceu para integrar serviços que antes obrigavam mulheres a peregrinar atrás dos seus direitos”, afirma.
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, participa do encontro e reforça a responsabilidade política no enfrentamento à violência. “Cada feminicídio é um alerta de que precisamos agir com rapidez e firmeza. Queremos ver mulheres vivas, protagonistas e protegidas”, diz.
O vice-governador José Carlos Barbosa, Barbosinha, destaca os avanços institucionais e a integração entre sistema de justiça e segurança pública, ressaltando que medidas protetivas de urgência podem ser cumpridas imediatamente pelos policiais, sem depender de oficial de justiça. “A vida clama por resposta no momento exato em que a mulher faz um pedido de ajuda”, afirma.
A coordenadora estadual da Casa da Mulher Brasileira, Carla Stephanini, anfitriã do encontro, celebra seus 20 anos dedicados às políticas públicas para mulheres e reforça o compromisso das equipes com a proteção e responsabilização de agressores.
A programação inclui debates sobre fortalecimento do fluxo nacional de denúncias, apresentação do diagnóstico das CMBs em todo o país e validação do eixo Gestão e Governança, em diálogo com a ONU Mulheres. Também são abordados temas estruturantes, como Protocolo de Atendimento a Mulheres LBTI, medidas protetivas de urgência, integração da perspectiva racial, fortalecimento da autonomia econômica com o SEBRAE e uso de ferramentas de monitoramento, como o DATA Mulheres.
O evento encerra com o Espaço de Diálogos e Trocas, voltado à construção interfederativa da institucionalidade das CMBs e definição de estratégias de curto e médio prazo para formação continuada da rede.


