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FISCALIZAÇÃO DA CONCESSÃO

MPF abre inquérito para investigar irregularidades na concessão da BR-163/MS, afirma deputado Junior

Ação investiga arrecadação de R$ 4 bilhões e investimentos insuficientes na duplicação da rodovia; Comissão de Acompanhamento da Concessão cobra respostas.

2 setembro 2025 - 15h20Fernanda Kintschner/ Alems
Deputado Junior Mochi e Comissão acompanham o andamento das obras na BR-163/MS, enquanto investigações sobre a concessão seguem em curso.
Deputado Junior Mochi e Comissão acompanham o andamento das obras na BR-163/MS, enquanto investigações sobre a concessão seguem em curso. - Foto: Divulgação
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O deputado estadual Junior Mochi (MDB), em nome da Comissão Temporária de Representação para Acompanhamento da Concessão da BR-163/MS, anunciou na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) que o Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito para investigar as denúncias de irregularidades na concessão da rodovia. Dentre os problemas apurados, destaca-se a arrecadação de aproximadamente R$ 4 bilhões, com apenas R$ 1 bilhão investido, o que resultou na duplicação de apenas 18% da rodovia, quando o contrato previa a duplicação total.

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Mochi destacou que, apesar de a investigação ser demorada, é importante que a sociedade saiba o que realmente foi feito com os recursos arrecadados pela CCR MSVias, a concessionária responsável pela rodovia. "O MPF abriu o inquérito para apurar os fatos. A sociedade tem o direito de saber quanto foi arrecadado e se isso condiz com o que foi investido. A ANTT mostra uma diferença de recursos, e precisamos de uma resposta", afirmou o deputado.

O inquérito envolve a CCR MSVias, que administra os 845,4 quilômetros da BR-163/MS, que cortam 21 municípios, de Sonora (no Norte) a Mundo Novo (no Sul). Após a repactuação do contrato e mudança do nome da concessionária para Motiva, a empresa passou a ter novas obrigações e agora prestará contas à ALEMS a cada três meses.

Mochi também falou sobre o progresso das obras. "A Motiva tem trabalhado, com obras nos dois trechos da rodovia. Eu visitei várias regiões, incluindo Itaquiraí, Mundo Novo e Coxim, e pude ver o avanço das obras. Esperamos que isso leve à redução de acidentes, mas ainda precisamos de respostas claras sobre as irregularidades que foram levantadas", disse o deputado.

A Comissão Temporária de Representação para Acompanhamento da Concessão da BR-163/MS foi criada pelo Ato 73/2024 da Mesa Diretora da ALEMS. Além de Junior Mochi, a comissão é composta pelos deputados Pedro Kemp (PT), Roberto Hashioka (União), Pedrossian Neto, Mara Caseiro (PSDB) e Caravina (PSDB). A comissão tem a função de fiscalizar e monitorar a execução das obras e a concessão da rodovia.

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