
O Ministério Público de São Paulo denunciou o deputado estadual Lucas Diez Bove (PL) por perseguição, violência física e psicológica, além de ameaça contra sua ex-esposa, a influenciadora Cíntia Chagas. A promotora Fernanda Raspantini Pellegrino também solicitou à Justiça a prisão preventiva do parlamentar por supostamente descumprir reiteradamente medidas protetivas concedidas à vítima. O processo corre sob segredo de Justiça.
A denúncia foi apresentada na última quinta-feira, 23, e confirma a gravidade das acusações que envolvem episódios de violência doméstica. Em nota, Cíntia afirmou confiar na Justiça e defendeu que casos como este não devem ser tolerados, especialmente quando envolvem figuras públicas. “A violência contra a mulher não se circunscreve à esfera privada: constitui crime e afronta à dignidade humana”, escreveu.
O caso teve início em setembro de 2024, quando a influenciadora registrou um boletim de ocorrência relatando um histórico de relacionamento abusivo, com episódios de ciúmes excessivos e controle por parte do deputado. Na ocasião, Cíntia o acusou formalmente de violência psicológica e ameaça.
Lucas Bove nega todas as acusações. Em publicações nas redes sociais, o parlamentar afirmou que o pedido de prisão teria sido motivado por ele "responder a uma pergunta sobre fatos públicos". Ele também alegou que há laudos e depoimentos que comprovariam a ausência de danos psicológicos à ex-companheira. “Estou em paz, pois, além de ter a consciência limpa, confio na Justiça”, afirmou.
O deputado ainda acusou a ex-esposa de violar o segredo de Justiça do processo e criticou o uso de “falsas denúncias” que, segundo ele, descredibilizam a luta das vítimas reais de violência doméstica.
A Justiça ainda vai analisar o pedido de prisão e as provas apresentadas pelas partes. O caso segue em sigilo judicial.

