
O senador colombiano Miguel Uribe Turbay, 39 anos, morreu nesta segunda-feira (11) após quase dois meses internado em estado grave. Pré-candidato à Presidência pelo partido Centro Democrático (direita), Uribe foi baleado em 7 de junho durante um evento político em Bogotá. O ataque ocorreu a menos de um ano das eleições e reacende o debate sobre a violência contra líderes políticos na Colômbia.

Uribe levou três tiros — dois na cabeça e um no joelho — e foi socorrido imediatamente. Desde então, permanecia hospitalizado. Sua morte gerou manifestações de pesar de líderes da região, incluindo aliados e adversários políticos.
Nascido em Bogotá em 1986, Uribe era neto do ex-presidente Julio Turbay (1978-1982) e filho da jornalista Diana Turbay, morta em 1991 durante operação de resgate após sequestro ordenado por Pablo Escobar. Formado em Direito e mestre em Políticas Públicas pela Universidade de los Andes, também tinha mestrado em Administração Pública pela Escola de Governo de Harvard.
Iniciou a carreira política como vereador de Bogotá aos 25 anos. Em 2016, tornou-se o mais jovem Secretário de Governo da capital, convidado pelo então prefeito Enrique Peñalosa. Em 2018, deixou o cargo para disputar a Prefeitura, mas foi derrotado por Claudia López. Em 2022, elegeu-se senador pelo Centro Democrático, com a maior votação do pleito.
Em 2024, confirmou a pré-candidatura presidencial, tornando-se um dos principais nomes da oposição ao presidente Gustavo Petro, o primeiro chefe de Estado de esquerda da Colômbia. Crítico contundente do governo, Uribe se opunha a propostas como a consulta popular por decreto para a reforma trabalhista.
A morte do senador reforça o clima de tensão política no país e levanta questionamentos sobre a segurança de candidatos no próximo ciclo eleitoral.
