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Saiba quem foi Miguel Uribe, político colombiano assassinado

Político de direita foi baleado em junho durante ato público em Bogotá; morte repercute na cena política latino-americana

11 agosto 2025 - 15h34Redação
Senador colombiano Miguel Uribe em evento público.
Senador colombiano Miguel Uribe em evento público. - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O senador colombiano Miguel Uribe Turbay, 39 anos, morreu nesta segunda-feira (11) após quase dois meses internado em estado grave. Pré-candidato à Presidência pelo partido Centro Democrático (direita), Uribe foi baleado em 7 de junho durante um evento político em Bogotá. O ataque ocorreu a menos de um ano das eleições e reacende o debate sobre a violência contra líderes políticos na Colômbia.

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Uribe levou três tiros — dois na cabeça e um no joelho — e foi socorrido imediatamente. Desde então, permanecia hospitalizado. Sua morte gerou manifestações de pesar de líderes da região, incluindo aliados e adversários políticos.

Nascido em Bogotá em 1986, Uribe era neto do ex-presidente Julio Turbay (1978-1982) e filho da jornalista Diana Turbay, morta em 1991 durante operação de resgate após sequestro ordenado por Pablo Escobar. Formado em Direito e mestre em Políticas Públicas pela Universidade de los Andes, também tinha mestrado em Administração Pública pela Escola de Governo de Harvard.

Iniciou a carreira política como vereador de Bogotá aos 25 anos. Em 2016, tornou-se o mais jovem Secretário de Governo da capital, convidado pelo então prefeito Enrique Peñalosa. Em 2018, deixou o cargo para disputar a Prefeitura, mas foi derrotado por Claudia López. Em 2022, elegeu-se senador pelo Centro Democrático, com a maior votação do pleito.

Em 2024, confirmou a pré-candidatura presidencial, tornando-se um dos principais nomes da oposição ao presidente Gustavo Petro, o primeiro chefe de Estado de esquerda da Colômbia. Crítico contundente do governo, Uribe se opunha a propostas como a consulta popular por decreto para a reforma trabalhista.

A morte do senador reforça o clima de tensão política no país e levanta questionamentos sobre a segurança de candidatos no próximo ciclo eleitoral.

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