O estádio Pedro Pedrossian, popularmente conhecido como Morenão, passará por uma nova fase em sua gestão. A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) aceitou a proposta do governo estadual e transferirá a concessão do estádio para o poder executivo. A decisão, que já vinha sendo discutida desde 2024, foi confirmada pelo secretário estadual de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, nesta terça-feira (14).
A concessão deve ser oficializada até fevereiro, abrindo caminho para que o governo adote um modelo de Parceria Público-Privada (PPP) na administração do Morenão. "Já recebemos uma resposta positiva. Agora, estamos resolvendo os últimos detalhes para viabilizar a concessão e iniciar os estudos técnicos. Queremos transformar o Morenão em um grande centro de eventos e referência para o futebol", explicou Marcelo Miranda.
Vista aérea do Morenão - (Foto: Arquivo)
Um estádio com história e desafios - Fechado desde 17 de abril de 2022, o estádio não recebe partidas oficiais há quase três anos. Mesmo com mais de R$ 3,6 milhões investidos em obras de reforma, a estrutura continua incompleta. Estimativas apontam que seriam necessários mais de R$ 30 milhões para concluir as intervenções, segundo a Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec).
Enquanto isso, a estrutura do Morenão foi tomada pelo mato, simbolizando o abandono de um espaço que já foi palco de grandes momentos do futebol brasileiro. Inaugurado em 7 de março de 1971, o estádio tem capacidade para mais de 30 mil torcedores e carrega um histórico de jogos memoráveis, como a vitória do Flamengo sobre o Corinthians por 3 a 1, no jogo inaugural, e o recorde de público em 1978, quando mais de 38 mil torcedores assistiram à partida entre Operário e Palmeiras.
Planos para o futuro - Com a assinatura do contrato de concessão, o governo espera iniciar um processo de revitalização que pode transformar o Morenão em um espaço multifuncional, capaz de sediar eventos esportivos e culturais. Segundo Marcelo Miranda, a PPP será essencial para atrair investimentos e garantir que o estádio volte a ser um ponto de referência em Campo Grande e no Estado de Mato Grosso do Sul.
