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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se pronuncie em até cinco dias sobre a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à embaixada da Hungria, ocorrida após a apreensão de seus passaportes no âmbito do inquérito sobre o golpe.
Qualquer decisão no caso, como a imposição de medidas cautelares complementares, só será tomada após o parecer da PGR.
A defesa do ex-presidente disse mais cedo, em manifestação ao STF, que a visita foi uma "agenda política" e que não havia motivo para Bolsonaro articular uma fuga porque, àquela altura, sua prisão preventiva era "improvável". Os advogados argumentaram que, se fosse mandar prender Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes não teria mandado recolher seus passaportes.
A visita de Bolsonaro à Embaixada da Hungria foi revelada pelo jornal americano The New York Times, o que levantou suspeitas da Polícia Federal.
A PF decidiu investigar se o ex-presidente tentou articular uma manobra diplomática para evitar ser preso no inquérito que apura a tentativa de golpe. Os policiais federais querem saber, por exemplo, se a visita à embaixada tem relação com algum pedido de asilo político, o que a defesa nega.
Especialistas ouvidos pelo Estadão avaliam que o ex-presidente pode ser preso preventivamente na investigação se ficar comprovado que ele tentou se antecipar a um eventual mandado de prisão, o que poderia configurar uma tentativa de impedir a aplicação da lei penal.
As embaixadas têm o status de território diplomático, o que significa que qualquer decisão judicial, inclusive do STF, precisa de autorização do país que representam para ser cumprida nos limites do prédio.
