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JUSTIÇA

Moraes pede extradição de Tagliaferro, seu ex-assessor que está na Itália

O perito Eduardo Tagliaferro, que já comandou a área de combate à desinformação no TSE, é acusado pela PGR de divulgar conversas internas. Moraes, ex-chefe e hoje desafeto, pediu sua extradição da Itália.

24 agosto 2025 - 15h33
Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes, promete revelar bastidores do STF e acusa o ministro de perseguição política e vazamento de informações.
Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes, promete revelar bastidores do STF e acusa o ministro de perseguição política e vazamento de informações. - Foto: @edutagliaferro via Instagram
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Alexandre de Moraes apertou mais um botão. O ministro do Supremo Tribunal Federal pediu a extradição de Eduardo Tagliaferro, perito em computação que já foi seu assessor no Tribunal Superior Eleitoral. O processo seguiu o ritual burocrático: primeiro o Ministério da Justiça, depois o Itamaraty, agora nas mãos das autoridades italianas.

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Tagliaferro está fora do Brasil desde que rompeu com o ministro. Antes, comandava a Assessoria de Enfrentamento à Desinformação do TSE. Depois do vazamento de mensagens atribuídas a auxiliares de Moraes, virou inimigo. A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República dizem que foi ele quem expôs os diálogos. O perito nega.

Na quinta-feira, 21, a PGR denunciou Tagliaferro. A acusação lista crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo e obstrução de investigação. O texto é categórico: o vazamento, “seletivo e calculado”, teria servido para fragilizar inquéritos no STF e atiçar atos antidemocráticos.

A defesa de Tagliaferro não comentou. Pessoas próximas dizem que a extradição é perseguição — a conta por críticas e denúncias que o perito fez contra Moraes e o Supremo.

Enquanto isso, um ofício sigiloso do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, enviado ao gabinete do ministro, informou que os procedimentos para localizá-lo já começaram. “Novas informações, tão logo disponíveis, serão enviadas a essa Suprema Corte”, diz o papel.

Do lado de lá do Atlântico, Tagliaferro segue na Itália. Do lado de cá, a disputa é sobre quem controla a narrativa: o ex-assessor que se diz alvo ou o ministro que o acusa de ter virado inimigo.

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