O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou, pela segunda vez, o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para receber a visita do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), enquanto cumpre prisão domiciliar.
Um pedido semelhante já havia sido recusado em 8 de agosto. Na ocasião, Moraes afirmou que Gayer é investigado em inquérito conexo à ação penal da chamada trama golpista, e que permitir a visita violaria a medida cautelar de 17 de julho, que proíbe Bolsonaro de se comunicar com réus ou investigados relacionados a esses processos.
Na nova decisão, o ministro manteve o entendimento:
“Em face da medida cautelar imposta ao custodiado Jair Messias Bolsonaro pela decisão de 17/7/2025, consistente em proibição de comunicar-se com réus ou investigados em ações penais, ou inquéritos conexos, inclusive por meio de terceiros, indefiro a autorização de visita para Gustavo Gayer Machado de Araújo, uma vez que é investigado na PET 12.042/DF”, escreveu Moraes.
Ao mesmo tempo, o ministro autorizou visitas de outros visitantes: os deputados Altineu Côrtes (PL-RJ) e Alberto Fraga (PL-DF), nos dias 3 e 4 de novembro; o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, em 5 de novembro; e o jornalista Alexandre Paulovich Pittoli, em 6 de novembro.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar há quase três meses. A medida foi determinada por Moraes em 4 de agosto, após o descumprimento de cautelares impostas na investigação sobre a atuação do ex-presidente e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em ações contra a soberania nacional.
