Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
29 de outubro de 2025 - 19h27
CRISE NO RIO

Ministros e PF deslocamse ao Rio após megaoperação que deixou 119 mortos

Comitiva federal viaja nesta quartafeira para o Estado do Rio de Janeiro para articular ação conjunta após intervenção em favelas do Alemão e da Penha

29 outubro 2025 - 16h05
Ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, integra comitiva do governo Lula para o Rio de Janeiro após megaoperação contra o crime organizado
Ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, integra comitiva do governo Lula para o Rio de Janeiro após megaoperação contra o crime organizado - ( Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Uma comitiva formada por ministros federais e pela Polícia Federal segue nesta quartafeira (29) ao Rio de Janeiro para se reunir com o governo estadual em resposta à operação policial que resultou em mais de 119 mortes nos complexos do Alemão e da Penha. O grupo, liderado pelos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania) chega à capital fluminense por volta das 15h, após reunião emergencial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada. Também viaja com a delegação o diretorgeral da PF, Andrei Rodrigues.

Canal WhatsApp

Durante a visita, a União oferecerá apoio técnico — incluindo peritos criminais e legistas — para auxiliar nas investigações dos corpos encontrados. “Oferecemos peritos criminais e médicos legistas da PF e da Força Nacional para ajudar na identificação dos corpos”, declarou Lewandowski.

A operação, segundo o governo fluminense, deixou 119 mortos — número contestado pela Defensoria Pública, que indica 132 vítimas. Agentes têm sido alvo de críticas por relatos de execução em massa, incluindo corpos amarrados e decapitações nas áreas da mata da Serra da Misericórdia.

Embora seja a mais letal da história do Estado, o governador Cláudio Castro (PL) classificou a ação como “um sucesso”, lamentando as baixas entre os policiais. Em nota, grupos internacionais de direitos humanos, como Anistia Internacional, e a Justiça Global exigem investigação e responsabilização.

A comitiva também abordará o pedido pelo Estado do Rio para a transferência de dez detentos apontados como líderes do Comando Vermelho para presídios federais. Apesar da gravidade, não há decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) solicitado, responsabilidade que caberia ao presidente da República.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop