O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), afirmou nesta sexta-feira (5) ser contra o projeto de anistia aos réus dos atos golpistas em tramitação no Congresso Nacional. Para ele, a medida representaria uma mensagem equivocada à sociedade.
“O que temos é que discutir com seriedade a tipificação das penas. Não dá para um cidadão que foi levado ao erro em algum momento, por um processo de invasão, pegar pena de 10, 12 anos. O Congresso tem pautas muito mais importantes para este final de ano”, disse, durante o leilão do túnel Santos-Guarujá, realizado na B3, em São Paulo.
Silvio Costa Filho, que integra o mesmo partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reforçou sua proximidade política com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele afirmou que sua postura é guiada pela gratidão e pela confiança no governo federal.
“Na possível disputa do governador Tarcísio com o presidente Lula, o partido sabe que nós estaremos ao lado do presidente Lula. Eu aprendi na vida a ser grato e entendo que, neste momento, ele é a melhor opção do povo brasileiro.”
Enquanto Costa Filho rejeita a proposta, Tarcísio de Freitas tem intensificado nas últimas semanas sua atuação em defesa da anistia. O governador é visto como um dos nomes mais competitivos da direita para as eleições presidenciais de 2026, embora siga declarando que disputará a reeleição em São Paulo.
Tarcísio também tem buscado apoio de Jair Bolsonaro, que enfrenta julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Em Brasília, articulou diretamente pela inclusão do projeto de anistia na pauta do Congresso.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (PB), vem sendo pressionado pela bancada bolsonarista a pautar a proposta, especialmente após a mobilização de Tarcísio. Para Silvio Costa Filho, no entanto, aprovar o texto significaria uma sinalização negativa.
“Eu sou contra a anistia. Acho que é um sinal muito ruim que o Congresso Nacional poderá dar a setores da sociedade brasileira.”
