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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro participou neste sábado (7) do ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo, e usou um discurso de forte teor religioso para criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao lado do pastor Silas Malafaia, ela afirmou que Deus pode perdoar Moraes caso ele se arrependa.
“Se Alexandre de Moraes se arrepender, deixar a iniquidade e o pecado de lado, o Senhor vai perdoar”, disse Michelle, arrancando aplausos da multidão.
Durante sua fala, a ex-primeira-dama puxou a oração do Pai-Nosso e pediu preces por autoridades, presos do 8 de janeiro e pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos. “Silas, vamos fazer um Pai-Nosso. Vamos dar as mãos. Por todos os presos políticos inocentes, pelo meu enteado que está nos Estados Unidos com sua família, por todas as autoridades”, declarou.
Michelle disse acreditar que tem sido alvo de perseguição por sua fé. “Deus vai mostrar quem são os inimigos da nação e já tem mostrado. Tenho minha liberdade religiosa perseguida, pastor Silas”, afirmou.
Ela contou que gostava de realizar cultos em casa, mas que foi impedida pelas medidas judiciais que também restringem visitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar. Michelle reclamou ainda da constante vigilância policial em frente à residência da família e da revista nos veículos.
Em tom emocionado, Michelle afirmou que o marido “está sofrendo”, mas que confia no julgamento divino. “Acreditamos no verdadeiro juiz, que está no trono. E vamos vencer, porque estamos com a verdade”, disse.
No encerramento de sua fala, ela colocou para tocar no celular um áudio com a voz de Bolsonaro dizendo “Deus, Pátria e Liberdade”, seguido de um grito. “Deixar claro que peguei da internet. Até para não ter problema para meu marido”, explicou, em referência à proibição judicial que impede o ex-presidente de se manifestar nas redes sociais.
O evento reuniu milhares de apoiadores na Avenida Paulista em defesa da anistia para Bolsonaro e contra decisões do STF. Além de Michelle e Malafaia, participaram os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG), além de parlamentares e lideranças ligadas ao ex-presidente.
