
Durante um encontro do PL Mulher realizado no sábado (27) em Ji-Paraná, Rondônia, Michelle Bolsonaro declarou que não tem interesse em concorrer à Presidência da República. A ex-primeira-dama pediu aos apoiadores que concentrem esforços para fortalecer a base política do partido e trabalhar pela volta de Jair Bolsonaro ao comando do país.

"Eu não quero ser presidente, não, eu quero ser primeira-dama. E eu sei que a restituição de nossa nação virá", afirmou Michelle em discurso, reforçando que sua meta é ampliar a bancada de deputados e senadores nas eleições de 2026.
A fala marca um tom diferente de entrevista recente ao jornal britânico The Telegraph, publicada na quarta-feira (24), em que ela havia admitido considerar uma candidatura em defesa do legado do marido.
No evento, Michelle ressaltou que pretende ser "a voz" de Jair Bolsonaro no Brasil e também no exterior.
Críticas ao STF e às medidas judiciais
A ex-primeira-dama voltou suas críticas ao Supremo Tribunal Federal, especialmente às restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes no processo que levou à prisão domiciliar do ex-presidente em agosto.
Ela demonstrou indignação com a tornozeleira eletrônica aplicada a Bolsonaro e com as revistas realizadas pela polícia em sua residência.
"Nem traficante e bandido tá tendo o tratamento que eu tô tendo hoje na minha casa. A minha filha presenciando essa humilhação, essa violação de direitos porque ela não tem culpa, e o carro dela tem que ser revistado na hora que ela sai e ela chega. Uma menina de 14 anos. O meu fusca foi revistado", relatou Michelle.
As medidas de fiscalização foram determinadas após descumprimento de cautelares anteriores pelo ex-presidente, o que resultou na decisão de prisão domiciliar.
