
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) informou nesta sexta-feira (26) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou evolução no pós-operatório e já conseguiu se alimentar e realizar sessão de fisioterapia. A atualização foi feita por meio de uma publicação no Instagram às 12h45.
“Meu amor conseguiu se alimentar e já fez a fisioterapia, graças a Deus”, escreveu Michelle. Ela também explicou que tem permanecido longos períodos sem usar o celular, por determinação judicial. “Não é permitido permanecer com o aparelho no leito. À noite, responderei a todos com carinho”, acrescentou.
Bolsonaro está internado desde a terça-feira (24) no Hospital DF Star, em Brasília, onde passou por uma cirurgia de herniorrafia inguinal bilateral. O procedimento foi realizado na quinta-feira (25), teve duração aproximada de três horas e meia e, segundo a equipe médica, ocorreu sem intercorrências.
Michelle Bolsonaro foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a acompanhar o ex-presidente durante a internação. A decisão impôs restrições, como a proibição do uso de celulares, computadores ou outros dispositivos eletrônicos no quarto, além da presença de dois policiais federais na porta para fiscalização.
De acordo com informações médicas, Jair Bolsonaro deve permanecer hospitalizado por um período entre cinco e sete dias. Durante a recuperação, ele segue sob cuidados pós-operatórios que incluem analgesia, fisioterapia motora e medidas de prevenção contra trombose venosa. Na próxima segunda-feira, os médicos irão avaliar a necessidade de um procedimento adicional para tratar os soluços persistentes relatados nos últimos dias.
Bolsonaro deixou a custódia da Polícia Federal na quarta-feira (24) para realizar a cirurgia, a oitava desde 2018, ano em que sofreu um atentado a faca durante a campanha eleitoral. Desta vez, a intervenção teve como objetivo corrigir uma hérnia inguinal.
Entenda a hérnia inguinal bilateral
A hérnia ocorre quando há enfraquecimento ou abertura na parede abdominal, permitindo que parte do intestino se projete para fora, causando dor e desconforto. Quando esse deslocamento acontece na região da virilha, a condição é chamada de hérnia inguinal. Ela é classificada como bilateral quando atinge simultaneamente os lados direito e esquerdo.
Além da cirurgia já realizada, existe a possibilidade de Bolsonaro ser submetido a um bloqueio anestésico do nervo frênico, procedimento indicado para o controle de soluços persistentes.
Histórico médico
Desde o atentado sofrido em 2018, Jair Bolsonaro passou por uma série de cirurgias. A primeira ocorreu de forma emergencial em setembro daquele ano, em Juiz de Fora (MG), com retirada de parte do intestino. Ainda em 2018, ele foi submetido a uma nova intervenção em São Paulo para tratar uma obstrução intestinal.
Em 2019, o então presidente realizou procedimentos para retirada da bolsa de colostomia e correção de uma hérnia na região da cicatriz. Em 2020, passou por cirurgias para retirada de cálculo na bexiga e por uma vasectomia. Já em 2023, voltou ao centro cirúrgico para corrigir nova hérnia e remover aderências. Em abril deste ano, foi submetido a uma laparotomia exploradora, com liberação de aderências intestinais, desobstrução do intestino e reconstrução da parede abdominal.

