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Em entrevistas concedidas ontem (segunda-feira, 17) à CNN e à revista Veja, o governador Eduardo Riedel (PSDB-MS) detalhou as medidas implementadas pelo Estado para prevenir e combater os incêndios florestais, especialmente no Pantanal, onde 70% do território está localizado em Mato Grosso do Sul. A região, gravemente afetada pela seca, sofreu com a devastação de 350 mil hectares em 2024, um aumento de 1.800% na área queimada em comparação a 2023.

Riedel destacou que a prevenção e o combate aos incêndios são prioridades do governo. Ele mencionou a criação da "Lei do Pantanal", um conjunto pioneiro de leis que orientam as atividades econômicas na região de forma sustentável. Contudo, reconheceu a gravidade da situação dos incêndios florestais, ressaltando que a parceria entre governo, produtores, comunidades, ONGs e instituições públicas tem sido crucial.
O governador explicou que as ações de combate mobilizam mais de cem militares em operações terrestres, aéreas e fluviais no rio Paraguai, o maior do Estado. "São brigadistas, produtores, ribeirinhos e voluntários trabalhando incansavelmente", afirmou. Ele mencionou os investimentos do governo estadual em equipamentos, bases avançadas no Pantanal, aeronaves e helicópteros das forças de segurança.
"Estamos enfrentando condições climáticas extremas e fazendo o máximo para coordenar os esforços. Firmamos acordos com o estado de Mato Grosso, a ministra Marina Silva e as forças federais para enfrentar essa situação juntos", destacou.
Riedel enfatizou o papel essencial dos militares do Corpo de Bombeiros, Marinha e Exército, além dos brigadistas e voluntários. Ele mencionou que uma aeronave 'air tractor' do Estado tem sido usada para lançar água em áreas de difícil acesso. Simultaneamente, os bombeiros atuam nos rios para resgatar ribeirinhos e proteger residências ameaçadas pelas chamas.
O governador ressaltou o contraste entre a seca severa e o bioma tradicionalmente rico em água. "Os níveis dos rios estão extremamente baixos, e o que nos assusta é que tudo começou muito cedo e de forma agressiva. Precisamos antecipar as ações de todos os envolvidos. O Estado já destinou quase 50 milhões para esse combate."
