
Durante o evento de comemoração dos 20 anos do Republicanos, realizado na segunda-feira (25), em Brasília, o partido anunciou aos seus dirigentes estaduais que não irá mais formar federação com o MDB. A decisão interrompe conversas que já vinham ocorrendo entre as duas siglas, inclusive no Mato Grosso do Sul.

No Estado, o presidente regional do Republicanos, deputado estadual Antônio Vaz, confirmou a desistência da aliança. Ele afirmou que o distanciamento entre as duas legendas tem relação com posicionamentos políticos distintos em nível nacional.
Entre os pontos citados por Vaz está o apoio do MDB ao presidente Lula em alguns estados, como no Nordeste, e também a atuação da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), em Mato Grosso do Sul. “Vários fatores pesaram nessa decisão, e uma delas é de o MDB apoiar o Lula para presidente em boa parte do Nordeste e no MS, através da ministra Simone Tebet”, declarou.
Questionado sobre os impactos da decisão para as eleições de 2026, Vaz disse não ver obstáculos. “Não vejo nenhuma dificuldade em montar a chapa de estadual. Só a federal que é um pouco difícil, mas tem muita gente boa vindo para o Republicanos”, comentou, sem antecipar nomes.
Já o MDB afirma que a desistência da federação não altera os planos da sigla no Estado. O presidente estadual da legenda, ex-senador Waldemir Moka, declarou que a federação era dada como provável, mas que o partido já está preparado para seguir de forma independente.
“Se não houver federação, não muda nada para nós, pois já temos a chapa montada para deputada estadual e federal com excelentes nomes”, afirmou.
O MDB, que integra a base aliada do governador Eduardo Riedel (PP), também confirmou que apoiará sua reeleição em 2026. A legenda conta atualmente com três deputados estaduais eleitos e projeta a candidatura do ex-governador André Puccinelli para a Assembleia Legislativa.
Com o anúncio do Republicanos, ambas as siglas seguem com estratégias próprias para a próxima eleição. Apesar do recuo na formação de federação, dirigentes de ambos os partidos indicam que a decisão não implica em rompimento político imediato no cenário estadual.
