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EM DEPOIMENTO NA CPI

Marconny confirma relação de amizade com Jair Renan Bolsonaro à CPI da Covid

Ele negou ter atuado como lobista da Precisa Medicamentos na aquisição de vacinas; senadores aprovam convocação de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente

15 setembro 2021 - 17h59
Suspeito de ter atuado como lobista da Precisa Medicamentos na compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde, Marconny Faria depôs hoje na CPI da Covid
Suspeito de ter atuado como lobista da Precisa Medicamentos na compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde, Marconny Faria depôs hoje na CPI da Covid - (Foto: Dida Sampaio/Estadão)

O empresário Marconny Albernaz de Faria confirmou à CPI da Covid nesta quarta-feira, 15, que mantém uma relação de amizade com Jair Renan Bolsonaro, filho 04 do presidente Jair Bolsonaro. Marconny disse que conhece Jair Renan há cerca de dois anos e que inclusive já usou o camarote do filho do presidente no estádio Mané Garrincha, em Brasília, para comemorar seu aniversário.

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O empresário também afirmou que orientou Jair Renan na criação de sua empresa ao indicar um advogado tributarista para auxiliá-lo. "Ele queria criar uma empresa de influencer, e aí eu só apresentei a ele para um colega tributarista que poderia auxiliar na abertura dessa empresa", disse.

"Se elucida, com muita clareza, por que vale a pena contratar um Marconny. Porque o Marconny diz que não conhece senador, o Marconny não é advogado, o Marconny não entende de contrato, o Marconny não entende da administração pública, mas o Marconny é um cara que vai para o churrasco com a advogada do presidente e que faz sua festa de aniversário no camarote de propriedade ou de aluguel, não sei, do filho do presidente", afirmou o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) durante a oitiva.

Depoente irrita CPI

Marconny irritou os integrantes da CPI da Covid em razão de o empresário não revelar o nome do senador citado em mensagens que trocou com o ex-funcionário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ricardo Santana.

Em junho do ano passado, o lobista conversou com Santana sobre uma reunião no Ministério da Saúde que teria como objetivo de "desatar um nó" em torno de uma venda de testes rápidos.

Questionado na CPI sobre quem seria o senador citado nas mensagens, Marconny disse não se recordar e afirmou ainda que não conhece nenhum senador.

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