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26 de setembro de 2025 - 20h03
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POLÍTICA

'Não tratei de saída com Lula', diz ministro Márcio Macêdo após novos rumores sobre sua exoneração

Secretário-geral da Presidência nega articulação para deixar o governo e rebate especulações sobre substituição por Guilherme Boulos

26 setembro 2025 - 17h20Gabriel de Sousa (Broadcast)
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo. - (Foto: Pedro Kirilos/Estadão)

Em meio a novos rumores sobre sua permanência no governo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, negou nesta sexta-feira (26) que tenha sido comunicado sobre qualquer mudança no comando da pasta. Em coletiva no Palácio do Planalto, ele afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nunca tratou com ele sobre uma eventual saída.

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"Não houve nenhuma conversa com o presidente sobre minha saída. Lula tem total liberdade para trocar ministros quando quiser, mas esse assunto nunca foi discutido comigo", disse Macêdo, que ainda classificou os boatos como parte de um “cerco político”.

O ministro, que ocupa um dos cargos mais próximos ao presidente, também lembrou que esta não é a primeira vez que seu nome aparece em especulações de exoneração. “Já disseram que eu iria sair nove vezes. Se fosse no futebol, já podia pedir música no Fantástico”, ironizou, fazendo referência ao quadro da TV Globo.

A declaração de Macêdo vem após a circulação de informações na imprensa de que Lula estaria prestes a substituí-lo pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP). Segundo apuração da Folha de S.Paulo, confirmada pelo Estadão, a mudança está sendo discutida nos bastidores, embora ainda não tenha sido oficializada.

Macêdo, no entanto, rechaçou qualquer tipo de acordo com o Planalto para sair do cargo em troca de apoio a uma candidatura futura. “Meu projeto político é a reeleição do presidente Lula. Não há negociação ou troca de cargos nesse sentido”, afirmou.

Do outro lado dessa articulação política está Guilherme Boulos, nome forte do PSOL e aliado de Lula. Em agosto, o parlamentar anunciou que assumiria a direção nacional do seu partido, mas segundo interlocutores, a possibilidade de ele integrar o governo federal ainda está em aberto.

A nomeação de Boulos para a Secretaria-Geral é discutida nos bastidores desde o início do ano. Fontes próximas ao deputado afirmam que ele aguarda uma reunião definitiva com o presidente para saber qual será seu destino político imediato.

Apesar das movimentações, o Planalto ainda não confirmou oficialmente qualquer mudança na Secretaria-Geral. Internamente, há resistência de setores petistas e de aliados de Macêdo, que defendem sua permanência pela lealdade ao presidente e atuação discreta, mas eficiente na articulação política.

A pasta comandada por Macêdo tem papel estratégico na interlocução entre o Executivo e movimentos sociais, além de contribuir com a agenda institucional do presidente. Por isso, qualquer mudança no posto tem impacto direto na governabilidade e no diálogo político do Planalto.

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