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28 de outubro de 2025 - 13h41
POLÍTICA

Pesquisa aponta que maioria dos brasileiros vê ligação entre governo Lula e fraudes no INSS

Levantamento do Ibespe mostra que 53,1% acreditam em envolvimento do governo federal; entre evangélicos, índice chega a 66,2%

28 outubro 2025 - 10h00Levy Teles
O petista enfrenta alta rejeição dentre o eleitorado evangélico.
O petista enfrenta alta rejeição dentre o eleitorado evangélico. - (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Terça da Carne

Uma pesquisa do Instituto Ibespe revelou que a maioria dos brasileiros acredita que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem algum tipo de envolvimento com o esquema de fraudes em descontos indevidos em aposentadorias e benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com o levantamento, 53,1% dos entrevistados concordam com essa relação, enquanto 31% discordam. Outros 16% não souberam ou preferiram não responder.

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A percepção negativa também é majoritária entre os eleitores que não votaram nem em Lula (PT) nem no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nesse grupo, 55,1% acreditam que o governo atual está ligado ao escândalo, contra 20,3% que rejeitam essa ideia. Já 24,6% não souberam ou não quiseram opinar.

Entre os evangélicos, esse índice sobe para 66,2%, refletindo um grau ainda maior de desconfiança. Apenas 18,7% dos entrevistados dessa religião afirmaram não ver relação entre o governo Lula e o esquema do INSS. Já 15% não souberam ou não responderam.

Curiosamente, a tendência se inverte entre os brasileiros com 60 anos ou mais. Nessa faixa etária, 52,1% não acreditam em envolvimento do governo com o esquema, enquanto 29,7% dizem o contrário. Os que não souberam ou não responderam somam 18,2%.

O levantamento também avaliou o grau de atenção do público à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes no INSS. Segundo os dados, 55% dos entrevistados afirmam que estão acompanhando os trabalhos da comissão no Congresso Nacional. Já 41% dizem que não, e 3,2% não souberam ou não responderam.

Entre os idosos com 60 anos ou mais, a audiência da CPMI é ainda mais expressiva: 73,1% acompanham as sessões, enquanto apenas 24,2% dizem não assistir às reuniões.

A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 4 de outubro, com 1.012 entrevistados. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos.

Como mostrou o Estadão, a CPMI tem sido palco de discursos polêmicos e estratégias de autopromoção. Parlamentares utilizam recortes de suas participações para impulsionar suas redes sociais, com trechos provocativos e ataques a adversários ganhando grande alcance entre seus seguidores.

A CPMI foi criada para apurar a atuação de associações suspeitas de aplicar descontos indevidos em benefícios previdenciários, um esquema que teria movimentado milhões de reais e prejudicado milhares de aposentados e pensionistas em todo o país.

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