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DELAÇÃO PREMIADA

Mauro Cid diz que Magno Malta e Onyx Lorenzoni incitaram Bolsonaro a dar golpe de Estado

Tenente-coronel afirmou à PF que Michelle Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro também faziam parte de grupo que estimulava a possibilidade de intervenção militar; Malta nega que tenha incentivado golpe

10 novembro 2023 - 22h15
Mauro Cid diz que Magno Malta e Onyx Lorenzoni incitaram Bolsonaro a dar golpe de Estado
Mauro Cid diz que Magno Malta e Onyx Lorenzoni incitaram Bolsonaro a dar golpe de Estado - (Foto: Dida Sampaio/Estadão)

O ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid, em depoimento de delação premiada à Polícia Federal (PF), alegou que o senador Magno Malta (PL-ES) e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL-RS) faziam parte de um grupo que supostamente incentivava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a promover um golpe de Estado com o intuito de evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República.

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Esse grupo de conselheiros radicais, de acordo com Mauro Cid, dizia que Bolsonaro teria apoio da população e de pessoas armadas, os CACs (Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores), que tiveram o acesso a armas facilitado durante o governo passado.

As informações são da coluna de Bela Megale, do jornal O Globo. Também faziam parte do grupo, ainda segundo Mauro Cid, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), conforme a coluna de Aguirre Talento, do portal UOL.

A defesa de Jair e Michelle Bolsonaro afirmou que as acusações são "absurdas", enquanto Eduardo disse que a "narrativa não passa de fantasia, devaneio". Em nota, o senador Magno Malta disse que nunca incentivou o ex-presidente a dar um golpe de Estado e ressaltou a importância de "realizar análises aprofundadas antes de se tirar conclusões".

"Minhas interações com Bolsonaro após as eleições eram pautadas em momentos de consolo, orações e leitura da Bíblia. Estou plenamente disposto a cooperar com as autoridades, buscando esclarecer quaisquer dúvidas que possam surgir. Acredito que a menção do meu nome está relacionada ao tempo que passei com o ex-presidente, mas reitero que não há fundamento para preocupações, pois não cometi nenhum crime", disse Malta.

O Estadão procurou Onyx Lorenzoni, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

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