
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (19) que há consenso entre seus ministros de que o governo federal deve priorizar políticas públicas voltadas às pessoas mais necessitadas do país. A declaração foi feita durante a ExpoCatadores 2025, evento anual que reúne catadores de materiais recicláveis e do qual o petista participa há vários anos.
“Todos os ministros, em todas as áreas, são unânimes de que a gente deve fazer políticas para favorecer as pessoas mais necessitadas no País”, afirmou o presidente, ao discursar para representantes do setor.
Durante o evento, Lula anunciou que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, ficará responsável por coordenar todas as políticas públicas direcionadas aos catadores de materiais recicláveis. Segundo o presidente, caberá a Boulos não apenas apresentar as ações do governo, mas acompanhar se elas estão, de fato, chegando à população.
“Ele vai ter que anunciar e vigiar se essas políticas vão chegar a quem precisa”, disse Lula.
O presidente também criticou medidas adotadas por gestores municipais que, segundo ele, dificultam o trabalho dos catadores. Lula citou, sem mencionar nomes, o caso de um prefeito que teria proibido a circulação de carroças na cidade.
“Um prefeito que faz assim talvez preferisse que o cidadão, em vez de com uma carroça, andasse armado para assaltar o dono da loja. Proibir alguém que trabalha para levar o dinheiro para casa porque está com uma carrocinha mostra que o cidadão não tem humanismo”, afirmou.
A declaração foi recebida com aplausos pelo público presente, formado majoritariamente por trabalhadores da reciclagem e representantes de movimentos sociais.
Ao final do discurso, Lula comentou sua agenda oficial. Ele disse que ainda nesta sexta-feira segue para Foz do Iguaçu, onde participa da inauguração de uma ponte entre Brasil e Paraguai. No sábado (20), o presidente participa da cúpula do Mercosul.
O petista também voltou a fazer um balanço de seu terceiro mandato. Segundo ele, o governo encerrará o período com a menor inflação acumulada da história recente do país.
“Não tem um presidente na história que tenha feito 50% do que fizemos em três anos”, afirmou.

