O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (11) que mantém a esperança de ver o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disputar o governo de Minas Gerais em 2026. A declaração foi dada durante entrevista ao programa EM Minas, da TV Alterosa, durante visita à capital mineira.
"A esperança é a última que morre. Ele relutou, mas pensa que eu desisti. Eu não desisti. Eu aprendi a gostar do Pacheco. Acho ele uma pessoa extremamente competente e considero que hoje é a maior personalidade pública de Minas Gerais", afirmou Lula.
Apesar do apelo, Pacheco já declarou publicamente, mais de uma vez, que pretende encerrar sua carreira política ao fim do atual mandato no Senado, em 2027. “Nunca pensei em me eternizar na política”, disse ele em novembro, reforçando que sua trajetória na vida pública já tem data para acabar.
Nos bastidores, o relacionamento entre os dois teve um momento de tensão recente. Lula convidou Pacheco para um evento da Caravana Federativa em Belo Horizonte nesta semana, mas o senador recusou. O gesto foi visto como mais um indicativo de distanciamento, ainda mais após Jorge Messias, e não Pacheco, ter sido escolhido por Lula para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixada por Luís Roberto Barroso.
Messias, atual advogado-geral da União, enfrenta resistências no Senado e teve sua sabatina adiada — num contexto que reforça o peso político de Pacheco dentro do Congresso.
Questionado sobre o futuro da esquerda no estado, Lula evitou cravar nomes, mas listou possíveis alternativas ao Palácio da Liberdade:
"Nós temos o Alexandre Kalil (PSD-MG), temos o Tadeuzinho (MDB-MG), temos duas prefeitas muito importantes: a de Juiz de Fora, Margarida Salomão; e a de Contagem, Marília Campos (PT-MG); além de ministros e deputados. Eu não tenho pressa", disse o presidente.
Lula garantiu que só irá buscar outro nome se Pacheco mantiver a decisão de não disputar nenhum cargo em 2026. “Quando chegar o momento de o Pacheco decidir se realmente não quer, vamos buscar um candidato para Minas Gerais”, concluiu.
