
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quintafeira (18) que pretende enviar oficialmente ao Senado Federal a indicação do advogadogeral da União (AGU), Jorge Messias, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) logo que o Congresso retornar do recesso. A sabatina estava inicialmente prevista para dezembro, mas foi adiada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, por falta da mensagem presidencial formalizando a nomeação.
Lula foi enfático ao dizer que, apesar do fim das atividades legislativas e do início do recesso, quer garantir que a indicação de Messias esteja pronta para ser votada assim que o Congresso voltar a funcionar. “Só quem não vai entrar de férias sou eu”, afirmou em entrevista no Palácio do Planalto, destacando seu empenho em encaminhar “toda a papelada” necessária.
Contexto da indicação - A necessidade de preencher a vaga no STF surgiu após a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, o que, segundo Lula, causou mudanças no plano original para a indicação. O senador Rodrigo Pacheco (PSDMG) foi citado como uma opção pelo presidente do Senado, mas Lula explicou que pretendia que Pacheco concorresse ao governo de Minas Gerais, não à Corte.
Ainda assim, o presidente destacou que vê legitimidade na posição de Alcolumbre, enquanto reafirmou total apoio a Jorge Messias, a quem descreveu como um nome com grande capacidade de relacionamento com a Suprema Corte e digno de orgulho para o país.
Questionado sobre a relação com os presidentes das duas casas legislativas, Lula negou qualquer crise pessoal ou institucional. Segundo ele, a interlocução com a cúpula do Congresso Nacional tem sido boa, e tanto o presidente do Senado quanto o da Câmara — Hugo Motta — têm colaborado com a pauta do governo.
“Não tem nada pessoal entre eu e o companheiro Alcolumbre. Eu sou amigo dele, gosto pessoalmente, e ele tem nos ajudado a aprovar grande parte das coisas que queremos”, disse o presidente.
Lula também mencionou o papel de parlamentares como interlocutores frequentes de sua equipe, citando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, como pontos de contato regulares com o Congresso.

