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23 de setembro de 2025 - 18h09
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MUNDO

Lula critica sanções, defende democracia e condena genocídio em Gaza na abertura da ONU

Presidente destacou ações do Brasil, falou sobre clima, migração, big techs e condenação de Bolsonaro durante discurso de 18 minutos

23 setembro 2025 - 15h35
Lula abriu a Assembleia da ONU com críticas à ordem internacional e defesa de direitos humanos e ambientais
Lula abriu a Assembleia da ONU com críticas à ordem internacional e defesa de direitos humanos e ambientais - (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu a 78ª Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (23), em Nova York, com um discurso de 18 minutos em que abordou temas nacionais e internacionais. Lula criticou sanções unilaterais, alertou sobre o avanço do autoritarismo no mundo, falou sobre a condenação de Jair Bolsonaro, cobrou ações contra o genocídio em Gaza e defendeu o combate às mudanças climáticas.

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Sem citar nomes, Lula apontou os Estados Unidos como exemplo de país que impõe sanções de forma arbitrária. Segundo ele, essas ações enfraquecem o papel da ONU e reforçam a “desordem internacional”.

“Assistimos à consolidação de uma desordem internacional marcada por atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais que estão virando regra”, afirmou.

Julgamento de Bolsonaro citado como alerta - Lula destacou que o Brasil viveu um momento histórico ao ver um ex-presidente condenado por tentar minar a democracia. Ele se referiu ao julgamento do STF contra Jair Bolsonaro e seus aliados pela tentativa de golpe.

“O Brasil deu um recado ao mundo: nossa democracia e soberania são inegociáveis”, disse. “Não há pacificação com impunidade”, completou.

Fome, migração e desigualdade - Lula celebrou a saída do Brasil do Mapa da Fome e reforçou que pobreza e desigualdade enfraquecem a democracia. Ele também condenou a xenofobia e a desigualdade de gênero.

“A democracia falha quando mulheres ganham menos ou morrem pelas mãos de parceiros. Ela perde quando migrantes são responsabilizados pelas crises.”

Big Techs e proteção à infância - O presidente alertou para o impacto das grandes plataformas digitais na sociedade e destacou a legislação brasileira que protege crianças e adolescentes nas redes.

“A democracia também se mede pela capacidade de proteger as famílias e a infância”, pontuou.

Conflito em Gaza: Lula fala em genocídio - Em uma das falas mais contundentes, Lula condenou os ataques do Hamas, mas classificou as ações de Israel em Gaza como genocidas. Ele defendeu o reconhecimento da Palestina como Estado.

“Nada justifica o genocídio em curso em Gaza. Sob os escombros estão sepultadas mulheres, crianças e também o direito internacional humanitário.”

América Latina e combate ao tráfico - Sobre a América Latina, Lula defendeu mais diálogo na Venezuela e cobrou respeito ao Haiti. Ele também disse que é inaceitável a presença de Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo.

“A forma mais eficaz de combater o tráfico é atacar a lavagem de dinheiro e o comércio de armas”, afirmou.

Clima e COP 30 - Lula propôs um novo conselho global para fiscalizar ações climáticas e chamou a atenção para o impacto do aquecimento global.

“Bombas não nos protegem da crise climática. A COP 30, em Belém, será o momento de provar que os líderes estão realmente comprometidos com o planeta.”

Homenagens no encerramento - Lula encerrou o discurso homenageando duas figuras que considera símbolos do humanismo: o ex-presidente uruguaio José Mujica e o Papa Francisco.

“Se estivessem aqui, diriam que só é derrotado quem cruza os braços diante do medo e do ódio.”

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