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08 de novembro de 2025 - 11h27
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POLÍTICA GLOBAL

Lula propõe trocas de dívida por clima e combate a barreiras verdes do comércio

Presidente defende "debt swaps" e pede que ambientalismo não vire justificativa para protecionismo da UniãoEuropeia

8 novembro 2025 - 09h10Redação
Lula propõe 'debt swaps' e financiamento ampliado para clima durante cartachamado à ação
Lula propõe 'debt swaps' e financiamento ampliado para clima durante cartachamado à ação - (Foto: Marcelo Camargo/EBC)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a implementação de um mecanismo de trocas de dívida (“debtswaps”) voltado a países em desenvolvimento, com o objetivo de ampliar o financiamento para ações climáticas. Em carta de “chamado à ação” divulgada na noite da última sextafeira, o líder brasileiro também alertou para o perigo de “medidas unilaterais de comércio” motivadas por justificativas ambientalistas — uma crítica direta à postura da União Europeia.

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Na mensagem, Lula reiterou sua cobrança de que os países desenvolvidos aumentem o financiamento climático, citando o roteiro “BakuBelém” — elaborado pelos presidentes da COP29 e da COP30 — como base para alcançar US$1,3trilhão destinados ao setor até 2030. Ele sugeriu que fundos como o Fundo Especial para as Mudanças Climáticas, o Fundo de Adaptação e o Fundo de Países Menos Desenvolvidos tenham os desembolsos triplicados até 2030.

Lula apontou que, sem apoio financeiro, tecnológico e capacitação, os países do Sul não poderão implementar suas metas ambientais com eficácia. Ele também destacou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) como instrumento estratégico, lembrando que esse mecanismo de pagamento por conservação florestal já captou US$5,5bilhões.
Por fim, o presidente reivindicou “mapas do caminho” para encerrar o desmatamento, reduzir a dependência de combustíveis fósseis e garantir os recursos necessários para essas transições.

A carta de Lula critica ações protecionistas que utilizem a bandeira ambiental como escudo para restringir exportações de países em desenvolvimento. Ele defendeu que o comércio seja “uma ponte” entre nações e não motivo de divisão — numa alusão às políticas comerciais da UniãoEuropeia.
O texto foi divulgado pouco antes da abertura das negociações daCOP30 e reforça que o Brasil pretende atuar de forma assertiva no fórum global.

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