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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou indiretamente o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e outros chefes de Executivo estaduais de direita que prometem conceder indulto a Jair Bolsonaro (PL) caso sejam eleitos presidente em 2026. A declaração foi dada em entrevista à BBC nesta quarta-feira (17).

"Nós vamos ter eleições daqui a 18 meses e já tem gente dizendo que, se for eleito, vai liberar, vai dar indulto", afirmou Lula, em referência ao posicionamento de Tarcísio, que disse que seu primeiro ato como presidente seria indultar Bolsonaro. O petista ressaltou que não há necessidade de pressa e que o Congresso Nacional precisa ser ouvido.
Sobre a eventual redução de penas para presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, Lula disse que essa é uma questão do Poder Judiciário, lembrando que muitos envolvidos ainda não foram julgados e que recursos estão em andamento. Ele reforçou que o presidente não deve se envolver em decisões do Legislativo. "Se os partidos decidirem aprovar a medida, é um problema deles", disse.
Ao comentar sobre uma possível disputa contra Bolsonaro em 2026, Lula afirmou que não teme nenhum adversário. Ele destacou que já derrotou o ex-presidente, mesmo com o uso de recursos públicos e da máquina estatal, incluindo a Polícia Rodoviária Federal, para tentar dificultar sua vitória.
O presidente também rebateu a narrativa de perseguição política ao ex-presidente pelo STF. Segundo Lula, o Brasil mantém plena democracia e serve de exemplo internacional. Ele comparou o caso brasileiro à invasão do Capitólio nos EUA, afirmando que, se algo similar ocorresse no país, a Justiça também seria aplicada.
