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15 de outubro de 2025 - 17h25
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POLÍTICA

Lula critica Congresso e diz que 'nunca teve tão baixo nível' como hoje

Ao lado de Hugo Motta, presidente atacou extrema-direita e pediu atenção nas eleições de 2026

15 outubro 2025 - 14h25Gabriel Hirabahasi
Lula diz que Congresso vive pior fase da história e pede atenção nas eleições de 2026.
Lula diz que Congresso vive pior fase da história e pede atenção nas eleições de 2026. - Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente o Congresso Nacional nesta quarta-feira (15), afirmando que o atual Parlamento "nunca teve o baixo nível como tem agora". Em tom contundente, Lula responsabilizou a extrema-direita eleita em 2022 por esse cenário e fez um apelo para que a população esteja mais atenta nas eleições de 2026.

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A declaração foi feita durante evento em comemoração ao Dia dos Professores, realizado no Ginásio Educacional Olímpico Isabel Salgado, na zona oeste do Rio de Janeiro. No palco, ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), Lula disse que o Congresso vive hoje uma das piores fases da história.

“Hugo é presidente desse Congresso e sabe que ele nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora. Aquela extrema-direita que se elegeu em 2022 é o que existe de pior”, afirmou o presidente. Motta, presente ao lado de Lula, não reagiu publicamente à fala, nem para apoiar nem para rebater.

Críticas ao negacionismo e recado para 2026 - Lula também criticou líderes políticos que negaram a pandemia de covid-19, atacaram a vacinação e promoveram medicamentos sem eficácia comprovada. “Não podemos ter presidente que nega que existiu a covid-19, nega a vacina, distribui remédio que não vale nada, que tem ministro da Saúde que não entendia porra nenhuma de saúde”, disparou.

Em sua fala, o presidente pediu maior consciência política dos eleitores e ressaltou a importância das próximas eleições. “No ano que vem teremos eleições e vamos ter de decidir que tipo de Brasil queremos. É isso que é a cara do Congresso, o resultado da consciência política que tiveram no dia das eleições. Depois, não adianta reclamar”, afirmou.

Lula também se dirigiu ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), questionando como o Estado elegeu Wilson Witzel, ex-juiz e ex-governador, cassado por corrupção. “Não consigo entender como esse Estado, que é altamente politizado, elegeu um cara para governador que era um juiz picareta, ficou aí e não fez porra nenhuma, se meteu na corrupção e foi eleito”, disse. Após a cassação de Witzel, quem assumiu foi Cláudio Castro (PL), atual governador.

Tensão com o Congresso e derrotas políticas - O discurso acontece em meio a uma crise crescente entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Na semana passada, a Câmara derrotou o governo ao rejeitar uma medida provisória que garantiria cerca de R$ 20 bilhões em arrecadação para 2025. O recado da base aliada foi claro: o governo precisa negociar mais e enfrentar menos.

Lula, por sua vez, manteve o tom de cobrança e avisou que o próximo ano será decisivo. “Esse ano foi o ano da colheita e o ano que vem é o ano da verdade. Quem quiser mentir, vá para a casa do chapéu, porque não vamos permitir a volta de mentiroso nesse País.”

As declarações reforçam a estratégia de Lula de se posicionar como contraponto ao que chama de “retrocesso político” representado pela extrema-direita, mirando não apenas 2026, mas também as eleições municipais de 2024, que serão um termômetro importante para o governo.

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