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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou, nesta terça-feira, 5, a retirada do Brasil do Mapa da Fome, destacando a importância de políticas públicas consistentes e de um comprometimento contínuo dos governos para combater a insegurança alimentar. Em discurso durante o encerramento da reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Lula ressaltou que não há soluções improvisadas para um problema tão grave como a fome.

“A fome não se resolve com políticas ‘quebra-galho’. Estamos mostrando que é preciso uma política pública de Estado, e não algo temporário”, afirmou Lula, destacando que o compromisso do governo deve ser profundo e duradouro. A saída do Brasil do Mapa da Fome, anunciado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) na semana passada, marca uma vitória importante, já que o país voltou a ficar abaixo de 2,5% de sua população em situação de subalimentação grave, índice que o havia colocado novamente no mapa entre 2018 e 2020.
Lula aproveitou a ocasião para criticar a falta de sensibilidade de muitos governantes e destacou a relevância do Consea e da sociedade civil nesse processo. Em um momento de grande emoção, o presidente relembrou suas dificuldades pessoais relacionadas à fome, lembrando de quando, jovem, muitas vezes teve que esconder sua fome no trabalho. "A fome vai corroendo a pessoa por dentro. E o mais grave é que quem sente vergonha de admitir que está com fome", disse Lula, visivelmente emocionado, ao compartilhar experiências de sua juventude, quando não tinha dinheiro nem para comprar um lanche.
O Consea, órgão que assessora a Presidência da República em políticas de segurança alimentar, foi reativado por Lula em 2023, após ser desativado em 2019. Elisabetta Recine, presidenta do Consea, também celebrou a saída do Brasil do Mapa da Fome, destacando a rapidez com que o país conseguiu reverter o quadro. “Foi em dois anos que o Brasil conseguiu sair do Mapa da Fome, o que mostra que a política integrada e focada no combate à fome ainda está viva”, afirmou Recine.
Apesar dessa conquista, ela ressaltou que a situação ainda é grave, com 7 milhões de brasileiros enfrentando insegurança alimentar grave. "Os programas sociais devem chegar até essas pessoas, com ações bem estruturadas e focadas", concluiu.
