
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou compromissos oficiais nesta terça-feira (2) para comparecer ao velório do jornalista Mino Carta, que faleceu pela manhã, aos 91 anos. O fundador da revista Carta Capital e ex-editor do caderno de esportes do jornal O Estado de S. Paulo será velado no Cemitério São Paulo, na capital paulista.

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social (Secom), Lula desembarcou no Aeroporto de Congonhas por volta das 14h30, com chegada prevista ao local do velório para as 15h15. O retorno à Brasília está agendado para as 18h15.
Em respeito à memória de Mino Carta, o presidente decretou luto oficial de três dias. Lula exaltou a trajetória do jornalista, a quem classificou como “uma referência do jornalismo brasileiro” pela coragem, espírito crítico e contribuição à democracia.
“Se hoje vivemos em uma democracia sólida, se hoje nossas instituições conseguem vencer as ameaças autoritárias, muito disso se deve ao trabalho deste verdadeiro humanista, das publicações que dirigiu e dos profissionais que ele formou”, afirmou o presidente em publicação no X (antigo Twitter).
Entre as agendas suspensas por conta do falecimento de Mino Carta estavam uma reunião com o ministro da Secom, Sidônio Palmeira, marcada para as 9h, e um encontro com os ministros Camilo Santana (Educação), Esther Dweck (Gestão e Inovação) e André Fufuca (Esportes), para tratar da criação da Universidade dos Esportes.
A única agenda mantida foi uma reunião com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, antecipada para o período da manhã.
Fundador da Carta Capital, Mino Carta também teve papel central na criação de outras publicações relevantes da imprensa brasileira, como Veja e IstoÉ. Reconhecido por seu estilo crítico e engajado, marcou gerações de jornalistas e leitores com uma visão editorial voltada à análise política e à defesa da democracia.
A morte de Mino gerou grande comoção no meio jornalístico, com homenagens de colegas de profissão, figuras políticas e intelectuais de diferentes espectros.
